“É tempo de renascer”. É o mote de lançamento da 15.ª edição da Temporada Darcos, prestes a arrancar, e com a promessa de, em 2022, continuar a dinamizar o panorama da música orquestral e de câmara em Portugal.

Foi em 2008 que a Associação Cultural Darcos lançou a sua primeira Temporada, fundada pelo maestro, compositor e director artístico Nuno Côrte-Real em Torres Vedras. A iniciativa viria ao longo do tempo a tornar-se uma das programações culturais mais prestigiadas do país, com um reconhecimento não só português mas europeu.

Em 2022, o maestro apresenta “O Tempo da Fénix”, o tempo de renascer das cinzas de uma época que foi de escuridão, de incerteza, e de suspensão para todo o mundo. “Ainda que persistam algumas interrogações, cremos ter chegado àquele momento que em música se chama o «ataque», momento mágico, expectante, pleno de promessas, em que as mãos do pianista, estáticas, tensas, prontas, se preparam para inaugurar um novo tempo, o tempo encantado da arte musical”, diz Nuno Côrte-Real no lançamento desta 15.ª temporada, que promete ser de um prestígio e de uma ambição inigualáveis.

Este renascer é trazido pela Darcos com a apresentação de uma nova e original coreografia d’A sagração da primavera, de Stravinski, trazida a par com a Vórtice Dance Company; de Mahler, com a sua Sinfonia n.º 1, “Titã”; com o lançamento digital de La vida secreta, ópera de câmara com música de Nuno Côrte-Real; e com muita música de câmara à volta de uma programação sublime com Bach, Beethoven, Ravel, Dvorak…

A Temporada Darcos, nascida e desenvolvida na cidade de Torres Vedras, sempre visitou muitas outras salas de espectáculo pelo país fora, e este ano não é excepção. Iniciando uma parceria com a Universidade de Lisboa, este é o ano em que inaugura o ciclo “Música na Universidade”, tocando em vários pólos desta cidade universitária, como a Aula Magna, a Reitoria, o Museu Nacional de História Natural e da Ciência, e ainda o Instituto Politécnico.

Este é também o ano de realizar sonhos suspensos pela pandemia, o ano de pisar palcos de salas emblemáticas como a Casa da Música, na cidade do Porto, o Centro Cultural de Belém e o Coliseu de Lisboa. É o ano de trazer a Portugal músicos como o violinista Shlomo Mintz, a Madrid Soloists Chamber Orchestra, o Ensemble Orquestrale Contemporain, o maestro Bruno Mantovani. E é ainda o ano de voar mais alto, como a fénix que renasce, e pisar palcos europeus: Zamora (Espanha) e Saint-Étienne (França), participando no intercâmbio musical da Temporada Cruzada França-Portugal.

“Tentaremos que a Música, arte por excelência do indizível, possa nesta 15.ª edição da Temporada Darcos dizer o mais possível.” É a promessa da associação e do seu director artístico: “Queremos dizer tudo sem usar uma palavra. Gritar a esperança em modo mudo.”

A programação completa da Temporada Darcos 2022 pode ser consultada em: http://temporadadarcos.com.

Sobre o autor

Raquel Fonseca

Nasceu em 1998. Estudou nos Conservatórios de Música da Maia e do Porto. Desenvolveu também um grande gosto pela literatura e pela escrita, publicando o seu primeiro livro, 'O Segredo do Terraço', em 2014, e também vários poemas em diversas antologias. Em 2016, ingressou na Licenciatura em Música da Universidade de Aveiro, na classe do professor João Bettencourt da Câmara. Desenvolveu actividade como intérprete na área da música de câmara, bem como projectos de gestão, tendo estagiado como Produtora Artística no Teatro Municipal de Faro, em 2019. Em 2020 ingressou no Mestrado em Estudos e Gestão da Cultura, no ISCTE-IUL, onde se encontra actualmente. Em 2021, desempenhou funções de produtora artística da Yellow Star Company, produtora portuguesa de teatro; e em 2022 torna-se produtora executiva da Temporada Darcos.

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