Ontem, 20 de Fevereiro, na Casa da Música, a Banda Sinfónica Portuguesa subiu ao palco mais uma vez para apresentar o concerto final da nona edição do seu Concurso Nacional de Composição. Sob a direcção de Osvaldo Ferreira escutaram-se as estreias absolutas de obras de três jovens compositores finalistas e ainda Os desastres da guerra, partitura de António Victorino d’Almeida que, juntamente com Luís Carvalho e Francisco Ferreira, integrava o júri deste ano.

No final do concerto, o júri deliberou e os resultados foram anunciados. Camila Menino, com a sua obra Meligrania, recebeu uma menção honrosa. A jovem compositor havia sido já distinguida no concurso “Quem é Calouste?” (2019) e nomeada “Compositora Emergente” da primeira edição do Festival CriaSons. Rodrigo Cardoso, que em 2018 recebeu o Prémio de Ouro no Concurso Internacional para Jovens Músicos Oskar Rieding, na Eslovénia, foi agora distinguido com o segundo prémio pela obra Auge.

O primeiro luar coube a Jorge Ramos, pela sua Impasto. Nascido em 1995, Jorge Ramos conquistou já o 1.º Prémio de Composição da Sociedade Portuguesa de Autores e Antena 2 de 2020. Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, desenvolve neste momento estudos de doutoramento no Royal College of Music sob a orientação de Alison Kay, Gilbert Nuono e Diana Salazar. Ao longo do seu percurso teve a oportunidade de trabalhar com os compositores André Ruíz, Paulo Bastos, João Madureira, Simon Emmerson, Luigi Abbate, Achim Bornhöft, Ivan Moody, Luís Tinoco, José Luís Ferreira, António Pinho Vargas, Carlos Caires, Jaime Reis, Hans Tutschku, Åke Parmerud e Mark-Anthony Turnage.

 

Sobre o autor

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Curso Complementar de Piano no Conservatório Nacional. Licenciatura em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou sob orientação de Sérgio Azevedo e de António Pinho Vargas. Durante um ano, em programa Erasmus, frequentou o Conservatório Nacional Superior de Paris (CNSMDP). Mestre e doutorando em Ciências Musicais pela Universidade NOVA. Membro fundador e Presidente da Direcção do MPMP. Director da revista GLOSAS (números 1-15 e 20-). Distinguido com o 2.º Prémio do Concurso Otto Mayer-Serra (2017) da Universidade da Califórnia, Riverside, e o Prémio Joaquim de Vasconcelos (2019) da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música.