Com obras de Sérgio Azevedo (A Britten Celebration), Fábio Cachão (Where the light is), Diamantino Faustino (Suíte de Salmos), Jacques Veyrier (Eoludes) e Daniel Davis (The Essence of a Tear), New Harmoniemusik é o primeiro álbum da Camerata de Sopros Silva Dionísio. O agrupamento, cujo nome homenageia Silva Dionísio (1912-2000), maestro, arranjador, promotor, professor, clarinetista e uma das figuras mais relevantes no contexto da música para sopros do século XX em Portugal, começou a sua actividade no ano lectivo de 2009-2010, contando já com uma actuação no V Congreso Iberoamericano de Compositores, Directores y Arregladores de Bandas Sinfónicas y Ensembles, em Llíria, Valência (Espanha), em 2013. É, actualmente, um dos agrupamentos residentes da Escola Superior de Música de Lisboa (ESML), constituído por alunos de Licenciatura e Mestrado em Música desta instituição.

Sendo a formação base um duplo quinteto de sopros, a Camerata, seleccionada a partir da Orquestra de Sopros da ESML, é constituída por flautas (Beatriz Brito, Dina Hernandez, Tiago Canto), oboés (Artur Rouqina, Paulo Maciel, Rui Gonçalves), clarinetes (Daniel Frazão, Hugo Morais, José Castela, Patrícia Silva), fagotes (Diva Ventura, Paulo Sousa, Pedro Pereira) e trompas (Ana Beatriz Menezes, Gabriel Correia, Gonçalo Pedrosa, Paula Midão, Pedro Silva, Ricardo Conde). A escolha do repertório baseia-se neste tipo de agrupamento musical, sendo por vezes a formação completada com a participação de outros instrumentos, o que é visível neste primeiro projecto, onde surge voz (Pedro Matos) e harpa (Margarida Andrade).

 

 

A Camerata Silva Dionísio é dirigida por Alberto Roque que, tendo iniciado os seus estudos em Leiria e concluído o Curso Complementar de Saxofone no Conservatório Nacional e a Licenciatura em Saxofone na Escola Superior de Música de Lisboa, é também Licenciado em Direcção de Orquestra, pela Academia Nacional Superior de Orquestra. Recebeu o 1.º Prémio do Concurso Internacional Fundação Oriente para Jovens Chefes de Orquestral e o grau de Perfectionnement na classe de Direcção de Orquestra de Jean-Sébastien Béreau no Conservatório de Dijon. Na ESML, é também maestro da Orquestra de Sopros, do Ensemble de Saxofones, bem como professor de direcção e coordenador da Licenciatura em Direcção de Orquestra de Sopros.

O CD foi editado pelo MPMP, Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa, e já se encontra à venda em www.mpmp.pt .

 

Sobre o autor

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Isabel Pina é doutoranda e bolseira de doutoramento em Ciências Musicais Históricas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, interessando-se principalmente pelo estudo da história da música em Portugal nos séculos XIX e XX, música e ideologia, nacionalismo, análise e semiótica musical, e imprensa e crítica musical. Concluiu o mestrado em Ciências Musicais tendo apresentado a dissertação “Neoclassicismo, nacionalismo e latinidade em Luís de Freitas Branco, entre as décadas de 1910 e 1930”. É actualmente voluntária na Biblioteca Nacional de Portugal, tendo estagiado no Museu da Música. Enquanto colaboradora do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), é membro do Grupo de Teoria Crítica e Comunicação, do SociMus (Grupo de Estudos Avançados em Sociologia da Música), e co-fundadora do Núcleo de Estudos em Música da Imprensa.