O DSCH – Schostakovitch Ensemble comemorou dez anos de actividade com um concerto de aniversário no passado Domingo, dia 24 de Janeiro, no Centro Cultural de Belém.

O Schostakovitch Ensemble é um agrupamento de música de câmara fundado por Filipe Pinto-Ribeiro em 2006, ano em que se celebrou o centésimo aniversário do nascimento do compositor russo Dmitri Chostakovitch. Desde então tem-se apresentado com regularidade em Portugal e no estrangeiro e, em 2008, tornou-se Ensemble em Residência no Centro Cultural de Belém. A composição do agrupamento é variável, tomando formas diferentes, de trio, quarteto, quinteto ou sexteto, adaptando-se aos projectos e repertórios que interpretam, de Bach a Gubaidulina, passando por Beethoven, Schumann, Brahms, Ravel e, naturalmente, Chostakovitch.

No concerto de 24 de Janeiro assinalou-se uma década de actividade e criatividade. O programa prometeu um ambiente de celebração e apresentou algumas das obras que constituem o repertório do Schostakovitch Ensemble. Na primeira parte, uma versão de câmara do Concerto em lá maior de Carlos Seixas e o belíssimo Quinteto com piano, op. 44, de Robert Schumann; na segunda parte, Quatro valsas de Chostakovitch e o animado O carnaval dos animais, de Camille Saint-Saëns, com narração de Catarina Avelar. E, como se trata de uma festa, Filipe Pinto-Ribeiro convidou para participarem no concerto vários músicos que ao longo da última década têm participado na história do DSCH – Schostakovitch Ensemble: Rosa Maria Barrantes (piano), Adriana Ferreira (flauta), Pascal Moraguès (clarinete), Benjamin Schmid (violino), Jan Bjøranger (violino), Lars Anders Tomter (viola), Adrian Brendel (violoncelo), Tiago Pinto-Ribeiro (contrabaixo), Miguel Sepúlveda (celesta) e Abel Cardoso (percussão).

O concerto de aniversário do DSCH- Schostakovitch Ensemble decorreu às 17h no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, Lisboa.

Sobre o autor

Imagem do avatar

Mariana Calado encontra-se a realizar o Doutoramento em Ciências Musicais Históricas focando o projecto de investigação no estudo de aspectos dos discursos e das sociabilidades que caracterizam a crítica musical da imprensa periódica de Lisboa entre os finais da I República e o estabelecimento do Estado Novo (1919-1945). Terminou o Mestrado em Musicologia na FCSH/NOVA em 2011 com a apresentação da dissertação "Francine Benoît e a cultura musical em Portugal: estudo das críticas e crónicas publicadas entre 1920's e 1950". É membro do SociMus – Grupo de Estudos Avançados em Sociologia da Música, NEGEM – Núcleo de Estudos em Género e Música e do NEMI – Núcleo de Estudos em Música na Imprensa, do CESEM. É bolseira de Doutoramento da FCT.