Em parceria com o Festival Dias de Música Electroacústica, dirigido por Jaime Reis, inicia-se a actividade de um novo ensemble dedicado à música contemporânea. Este grupo «nasce do simples e genuíno desejo de fazer música do nosso tempo», como os próprios referem.

Ainda com poucos espaços e salas dedicadas à música contemporânea e experimental, tanto em Lisboa como por todo o País, nasce agora um quinteto de músicos já com larga experiência na interpretação da música de hoje, que prometem a sua dinamização através da organização de concertos regulares – com locais a anunciar –, da realização de novas edições fonográficas e da encomenda de novas obras.

Para além da música contemporânea portuguesa, Tesseract inclui no seu repertório também os chamados «clássicos da música contemporânea», fomentando assim a circulação de obras deste cariz, ainda pouco programadas, ainda que não por falta de público.

O agrupamento Tesseract nascem do simples desejo de fazer música do nosso tempo

Com uma estreita colaboração com os músicos e compositores residentes do Festival Dias de Música Electroacústica, o Tesseract ensemble estreou-se num concerto no Lisboa Incomum (ver vídeo aqui), espaço também do compositor Jaime Reis, no passado dia 17 de Fevereiro, e com obras da sua própria autoria, assim como de Jorge Peixinho, Paul Chihara, João Pedro Oliveira, assim como a estreia mundial de uma obra de Roberto Victorio, composta para a ocasião.

O ensemble é composto por Monika Streitová (flauta), Marco Fernandes (percussão), Pedro Rodrigues (guitarra), Miguel Rocha (violoncelo) e Ana Cláudia Assis (piano), tendo tido a colaboração do maestro Pedro Figueiredo neste concerto inaugural.

Os concertos serão brevemente anunciados, assim como mais informação acerca de novas edições fonográficas e encomendas de obras.

Sobre o autor

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Terminou o curso complementar de piano na Fundação Musical dos Amigos das Crianças em 2007, completando também o ensino secundário na área de Artes Visuais. Em 2010, completou a licenciatura em Música no Goldsmiths College, University of London, com uma dissertação acerca dos desenvolvimentos contemporâneos do fado. Realizou o mestrado na mesma universidade, concluindo o curso Contemporary and Popular Music Studies em 2012. Foi com o apoio do Professor Sérgio Azevedo que desenvolveu a sua tese sobre Constança Capdeville, com uma análise do ‘Libera me’. Entre 2010 e 2014, deu aulas de piano e formação musical em diversas escolas de Londres, tendo também colaborado num projecto de inclusão social pela arte. Durante este período, realizou actividades de produção, curadoria e divulgação de música contemporânea.