A Academia de Música José Carlos Schwarz parte de um colaboração internacional entre o governo da Guiné-Bissau e o Conservatório Bonfim, em Braga, Portugal. O objetivo prende-se com a recuperação do ensino musical no país, já que a escola de música nacional encontra-se encerrada desde 1998, aquando do eclodir da guerra civil. O nome deste projeto revitalizador é uma homenagem a um grande poeta guineense, José Carlos Schwarz, o qual foi responsável pela criação de um estilo nacional, assente em poesia crioula, que ainda hoje tem repercussão no repertório de intervenção do país. É curioso saber também que Schwarz materializa, à semelhança desta Academia que a ele faz tributo, a ligação entre os dois países, já que na sua juventude passou também por terras lusitanas.
Foi Rebeca Venturin de Sousa, professora licenciada em Ciências Musicais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA, em Lisboa, departamento no qual fez também o seu mestrado, já na vertente de Etnomusicologia, que tomou as rédeas deste projeto. A sua ligação ao país africano remete-nos para a sua infância, já que Rebeca viveu os seus primeiros oito anos de vida em território guineense, em consequência do serviço dos seus pais num campo missionário em Bafatá. Tal fez também com que o projeto tenha conseguido instalações, cedidas pela Missão Baptista, que conduz já uma escola com cerca de novecentos alunos.
O projeto carece agora de materiais, discriminados no site da Academia, https://www.academiademusicajcschwarz.com, entre os quais encontramos objetos mais específicos, como cadernos de música e instrumentos musicais, mas também material de escrita e para trabalhos manuais.
Para mais informações, não deixe de contactar a responsável pela angariação, através do email, rebeca.mazoni@hotmail.com, ou telemóvel, +351 966 355 338.