O ano de 2018 pode bem ser considerado o Ano Vianna da Motta, com a dupla circunstância de, no próximo dia 22 de Abril, se comemorarem os 150 anos do seu nascimento (na ilha de São Tomé e Príncipe), e de, e a 1 de Junho, se assinalarem os 70 anos da sua morte. Assim, desde o início do ano, muitas têm sido as homenagens e os concertos pontuados por obras do grande pianista, compositor e pedagogo português, a quem a História e o ensino da Música tanto devem. São de destacar os Trios Românticos, na programação dos Serões do Palácio da Pena, que aconteceram a 2 e 3 de Março, e o lançamento, no passado dia 9 de Fevereiro, do CD Viana da Mota: Piano Works, do pianista João Costa Ferreira, editado pela etiqueta Naxos. O mesmo pianista irá estar no Conservatório de Música de Coimbra a dia 19 de Abril, às 18h00, para o concerto José Vianna da Motta: Danças de Salão e Poemas Sinfónicos, evento integrado da 2.ª edição Música Portuguesa nos Conservatórios. No mesmo dia e à mesma hora, o Conservatório Nacional, em Lisboa, presta homenagem ao antigo director, com uma palestra-concerto, conduzida pelas docentes Maria José Borges e Tânia Valente, tendo como convidada o soprano e investigadora Elvira Archer. O evento conta ainda com a participação de alunos das classes de Canto e Piano do Conservatório.

No dia 22 de Abril, domingo, o Museu Nacional da Música abre as suas portas para prestar homenagem ao grande compositor, num concerto que contará com o pianista João Costa Ferreira.

As iniciativas prosseguem durante o mês de Maio: no dia 8, às 19h30, o Quarteto de Matosinhos toca, na Casa da Música, o Quarteto de Cordas em Mi bemol maior de Vianna da Motta, composto em Berlim em 1888, uma das suas obras mais complexas e exuberantes para instrumentos de cordas. No dia 27, às 17h00, solistas da Metropolitana tocam no Museu do Oriente o Quarteto de Cordas n.º 2.

Sobre o autor

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Doutorada em Música e Musicologia (ramo de Interpretação) pela Universidade de Évora, é actualmente investigadora do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Iniciou os seus estudos musicais no Instituto Gregoriano de Lisboa. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas: Estudos Ingleses e Alemães (FLUL) e em Canto (ESML). Posteriormente obteve o grau de LGSM (Licenciate by the Guildhall School of Music and Drama) através do Trinity College. Como cantora de ópera, foi “Fanny” em 'O Tanoeiro' de Thomas Cooper (Teatro da Trindade), “2.ª Dama” na 'Flauta Mágica' de Mozart e “Sebastiana”, numa versão portuguesa da sua autoria da ópera 'Bastien und Bastienne' de Mozart. Para além de se apresentar regularmente em recitais, é membro do Coro Gulbenkian.