Após um ano de interregno, o Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa regressa, com a sua 9.ª edição. Desde a sua fundação, este concurso tem-se vindo a afirmar como um dos mais importantes na descoberta e promoção de novos valores do canto lírico, em especial desde que deixámos de assistir a edições do Concurso de Canto Luísa Todi. Num país onde não é fácil viver-se do canto e onde abundam mais talent shows do que oportunidades reais de trabalho, o Concurso de Canto Lírico da Fundação Rotária Portuguesa, mais do que um concurso de talentos, pretende dar aos seus laureados a oportunidade de partirem para outros voos além fronteiras.

Esta edição traz ainda como prémios importantes oportunidades de trabalho para os vencedores. Assim, para além das habituais bolsas de estudos, o vencedor terá direito a um recital na edição de 2017 d’Os Dias da Música no Centro Cultural de Belém e a outro recital na Casa de Portugal da Cidade Universitária de Paris. Foi também criado, em colaboração com o Círculo Wagner, o Prémio Richard Wagner , que consiste numa Bolsa do Goethe-Institut para a realização de um curso intensivo de alemão — língua importante para se (sobre)viver do canto lírico na Alemanha e, mais aliciante, uma visita ao Festival de Bayreuth , onde o premiado terá o privilégio (acessível a poucos!) de assistir a três óperas e de tomar parte no Programa de Bolseiros da Fundação Richard Wagner, que reúne mais de duzentos jovens artistas de todo o mundo.

O valor das bolsas de estudo a concurso variam entre os 300 euros (valor mínimo, para os Prémios de Melhor Interpretação de Canção Portuguesa e de Canção Estrangeira) e os 5000 euros (para o 1.º Prémio), e este ano o limite de idade dos participantes foi alargado para os 33 anos. Por fim, a última novidade desta edição é a realização de provas eliminatórias nos Açores, na Madeira e no Algarve.

A 9.ª edição do Concurso de Canto Lírico decorre entre os dias 2 e 15 de Maio, sendo a grande final de dia 15 no Centro Cultural de Belém às 17h00.

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Sobre o autor

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Doutorada em Música e Musicologia (ramo de Interpretação) pela Universidade de Évora, é actualmente investigadora do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Iniciou os seus estudos musicais no Instituto Gregoriano de Lisboa. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas: Estudos Ingleses e Alemães (FLUL) e em Canto (ESML). Posteriormente obteve o grau de LGSM (Licenciate by the Guildhall School of Music and Drama) através do Trinity College. Como cantora de ópera, foi “Fanny” em 'O Tanoeiro' de Thomas Cooper (Teatro da Trindade), “2.ª Dama” na 'Flauta Mágica' de Mozart e “Sebastiana”, numa versão portuguesa da sua autoria da ópera 'Bastien und Bastienne' de Mozart. Para além de se apresentar regularmente em recitais, é membro do Coro Gulbenkian.