Realizar-se-á neste sábado, pelas 21h, mais uma sessão do Ciclo “Memórias de Braga”, a ter lugar no Salão Nobre do Edifício dos Congregados, bem no coração da cidade minhota. O ciclo é promovido pela associação cultural Braga+ e tem como objetivo o partilhar e construir memórias sobre a cidade, promovendo uma cultura de intervenção que visa a valorização do património legado, bem como a continuidade das tradições locais.
Desta vez, falar-se-á de Maria Adelina Caravana, pedagoga que marcou o ensino da música em Portugal ao fundar, no ano de 1961, o Conservatório de Música de Braga, uma escola artística inovadora e pioneira que proporcionava um ensino integrado, o qual era regido por um amplo leque artístico, sedimentado em áreas como a música, a pintura, o bailado e o teatro. Passada uma década, a escola contou com instalações patrocinadas pela Fundação Calouste Gulbenkian, daí o nome que apresenta nos dias de hoje.
Esta sessão evocativa, a qual conta também com a colaboração da Professor Elisa Lessa e o apoio da Universidade do Minho, terá como convidados Carlos Alberto Pereira, antigo diretor do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, e um dos filhos da homenageada, Nuno Rigaud de Sousa. Por sua vez, João-Heitor Rigaud, compositor e musicólogo falecido recentemente, estará presente através da sua Suite n.º 2 per pianoforte solo, Post-Mortem, que será tocada pelo pianista Pedro Teixeira. A estreia desta obra, em 1999, já havia sido na cidade de Braga.
A homenagem serve-se também de uma pequena exposição, assente em documentos e fotografias complementares recolhidos por Fernando Mendes, e de uma intervenção por Miguel Simões, investigador da Escola de Música da Universidade do Minho, a qual será moderada por Rui Ferreira, presidente da associação Braga+.