O Teatro Campo Alegre acolhe no 16 de Setembro, pelas 19h, a estreia de uma nova produção do Quarteto Contratempus. Trata-se da ópera As Sete Mulheres de Jeremias Epicentro, um espetáculo desenvolvido em co-produção com o Teatro Municipal do Porto, que conta com a encenação de António Durães do libreto de Mário João Alves e da composição de Jorge Prendas. Esta ópera buffa notabiliza-se pela utilização de tecnologias multimédia interactivas.
As Sete Mulheres de Jeremias Epicentro conta a história de um Don Giovanni dos nossos tempos, «moderno e incansável». As tecnologias multimédia interactivas — nomeadamente tecnologias wearable, desenvolvidas por Hugo Edgar Mesquita para o efeito — manifestam-se sob a forma de uma luva que manipula som, imagem e luz em tempo real, numa cenografia virtual e aumentada.
Assim, entre o real e o virtual, Jeremias acaba por ir perdendo a capacidade de distinguir estas duas realidades, numa performance que envolve tanto actores como instrumentistas em cena, num enredo que se mostra garantidamente cómico.
O elenco é constituído por Teresa Nunes (Soprano), Ana Santos (Mezzo-Soprano), Crispim Luz (Clarinete), Susana Lima (Violoncelo), e Brenda Vidal Hermida (Piano). Ocorrerá uma segunda récita no dia 17 de Setembro, às 17 horas.
Fundado em 2008, o Quarteto Contratempus dedica-se à experimentação e inovação na área da ópera de câmara. Tem desenvolvido uma actividade regular desde 2015, com ofertas como a ópera cómica A Querela dos Grilos, nesse ano, ou a performance Os Dilemas Dietéticos de uma Matrioska do Meio, em 2016.