De 3 a 6 de Dezembro de 2015 realizar-se-á, na Academia Paulista de Letras, em São Paulo (Brasil), para pianistas de quaisquer idades e nacionalidades, o Concurso Internacional de Interpretação Pianística da Obra do Compositor Osvaldo Lacerda, promovido pelo Centro de Música Brasileira como forma de homenagem e divulgação da obra do compositor.

Nascido em São Paulo a 23 de Março de 1927, Osvaldo de Lacerda estudou piano com Ana Veloso de Rezende, Maria dos Anjos Oliveira Rocha e José Kliass, harmonia e contraponto com Ernesto Kieski e composição com Camargo Guarnieri. Estudou nos Estados Unidos da América durante o ano de 1963, com uma bolsa da John Simon Guggenheim Memorial Foundation, tendo frequentado aulas de composição com Vittorio Giannini e Aaron Copland. Em 1965 representou o Brasil no Seminário Interamericano de Compositores, na Universidade de Indiana, e no III Festival Interamericano de Música, em Washington. Tendo obtido vários prémios de composição, Osvaldo Lacerda conquistou também o Prémio “Melhor Revelação como Compositor”, em 1962; o Prémio “Melhor Obra de Câmara” em 1970, 1975, 1978 e 1986; e o Prémio “Melhor Obra Sinfónica” em 1994, entre outros. Em 1997 recebe o “Grande Prémio da Crítica” pela Associação Paulista de Críticos de Arte, associação que lhe atribui, em 2013, dois anos após a sua morte, o prémio In Memoriam.

 

 

As inscrições para o concurso deverão ser efectuadas entre o dia 1 de Maio de 2015 e o dia 10 de Novembro de 2015. Na prova eliminatória os candidatos deverão apresentar-se com o Estudo n.º 4 como peça obrigatória e outras peças livres, obrigatoriamente da autoria de Osvaldo Lacerda, sendo que o tempo total da prova não deverá exceder os vinte minutos. A prova final, também com o tempo máximo de vinte minutos, consistirá na interpretação de Estudo n.º 7 e de peças livres, também do compositor.

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Sobre o autor

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Isabel Pina é doutoranda e bolseira de doutoramento em Ciências Musicais Históricas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, interessando-se principalmente pelo estudo da história da música em Portugal nos séculos XIX e XX, música e ideologia, nacionalismo, análise e semiótica musical, e imprensa e crítica musical. Concluiu o mestrado em Ciências Musicais tendo apresentado a dissertação “Neoclassicismo, nacionalismo e latinidade em Luís de Freitas Branco, entre as décadas de 1910 e 1930”. É actualmente voluntária na Biblioteca Nacional de Portugal, tendo estagiado no Museu da Música. Enquanto colaboradora do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), é membro do Grupo de Teoria Crítica e Comunicação, do SociMus (Grupo de Estudos Avançados em Sociologia da Música), e co-fundadora do Núcleo de Estudos em Música da Imprensa.