Para começar bem o ano, Janeiro traz-nos alguns concertos relevantes no que toca à presença de solistas portugueses em grandes salas, assim como pelo menos dois dedicados à música electroacústica. E além dos afamados concertos de ano novo, haverá também concertos com ensaios gerais abertos ao público, para todas idades.

No âmbito do ciclo de Música de Câmara do CCB, o jovem percussionista Agostinho Sequeira, vencedor do Prémio Jovens Músicos em 2016, interpretará Ching, de P. Nørgård e Marimba Spiritual, de M. Miki, a 17 de Janeiro, no Pequeno Auditório.

A não perder também será a interpretação de Joana Gama de Música Callada, de Federico Mompou, a ocorrer a 28 de Janeiro, às 19h00, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian. Mais tarde, no mesmo dia, às 21h30, Joana Gama apresenta-se também com o compositor Luís Fernandes no âmbito do projecto que têm em conjunto, at the still point of the turning world, fruto de um convite do Westway LAB Festival. Com a participação da Orquestra Metropolitana de Lisboa, José Alberto Gomes na Orquestração e Direcção, Joana Gama e Luís Fernandes apresentam-nos uma obra original para piano, electrónica e ensemble.

Dentro do domínio da música electroacústica, destacamos ainda o concerto de 17 e 18 de Janeiro no espaço O’culto da Ajuda, com o Sond’Ar-te Electric Ensemble, dirigido por Pedro Carneiro, com obras de Ângela Lopes, António de Sousa Dias, Gonçalo Gato, Ricardo Ribeiro e Ka’mi. O já histórico ensemble, um quinteto para flauta, clarinete, violino, violoncelo e piano, é composto por instrumentistas portugueses: Sílvia Cancela, Nuno Pinto, Vítor Vieira, Luís André Ferreira e Elsa Silva.

Já no final do mês, não esquecer o atelier de ópera da Metropolitana, que nos apresenta Don Giovanni, de Mozart, no Pequeno Auditório do CCB, a 25 e 27 de Janeiro. Com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e o Coro Voces Caelestes, o elenco é composto mais uma vez por jovens cantores líricos, sob a orientação de Jorge Vaz de Carvalho, Sérgio Fontão (como maestro do coro) e Pedro Amaral (na direcção musical). No que toca ainda a projectos educativos, é relevante mencionar a abertura de ensaios ao público da Orquestra Metropolitana de Lisboa, na manhã de dia 12 de Janeiro, sábado, no Teatro Thalia. Aqui, a orquestra abre as portas a um contacto mais próximo com um público de todas as idades.

Relativamente as concertos de Ano Novo, destacam-se duas apresentações da Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direcção musical de Evgeny Bushkov, no Grande Auditório do CCB, dia 1 de Janeiro, e no Auditório Municipal Augusto Cabrita, dia 6 de Janeiro, com repertório de Strauss e Schostakovich. Já na Fundação Calouste Gulbenkian, a Orquestra apresenta-nos Mozart, Strauss, Beethoven, entre outros, com a soprano Chen Reiss e violinist Francisco Lima Santos sob a direcção de Nuno Coelho.


1 de Janeiro

Concerto de Ano Novo, CCB

Orquestra Metropolitana de Lisboa

Maestro, Evgeny Bushkov

 

4 e 5 de Janeiro

Concerto de Ano Novo, Fundação Calouste Gulbenkian

Orquestra Gulbenkian
Maestro, Nuno Coelho

Violino, Francisco Lima Santos

 

6 de Janeiro

Concerto de Ano Novo, Auditório Municipal Augusto Cabrita

Orquestra Metropolitana de Lisboa

Maestro, Evgeny Bushkov

 

12 de Janeiro

Orquestra Metropolitana de Lisboa / O Último Ensaio (ensaio aberto)

Maestro, Evgeny Bushkov

Fagote, Lurdes Carneiro

 

17 de Janeiro

Agostinho Sequeira, CCB

 

17 e 18 de Janeiro

Sond’Art-te Electric Ensemble, Espaço O’culto

 

25 e 27 de Janeiro

Atelier de Ópera da Metropolitana, CCB

Orquestra Metropolitana de Lisboa, Coro Voces Caelestes & Participantes no Atelier de Ópera da Metropolitana 2018/2019

Maestro Pedro Amaral

Maestro do Coro, Sérgio Fontão

 

28 de Janeiro

Joana Gama, Fundação Calouste Gulbenkian

 

28 de Janeiro

at the still point of the turning world, Fundação Calouste Gulbenkian

Piano e Composição, Joana Gama,

Electrónica e Composição, Luís Fernandes,

Orquestração e Direcção, José Alberto Gomes

Orquestra Metropolitana de Lisboa

Sobre o autor

Imagem do avatar

Terminou o curso complementar de piano na Fundação Musical dos Amigos das Crianças em 2007, completando também o ensino secundário na área de Artes Visuais. Em 2010, completou a licenciatura em Música no Goldsmiths College, University of London, com uma dissertação acerca dos desenvolvimentos contemporâneos do fado. Realizou o mestrado na mesma universidade, concluindo o curso Contemporary and Popular Music Studies em 2012. Foi com o apoio do Professor Sérgio Azevedo que desenvolveu a sua tese sobre Constança Capdeville, com uma análise do ‘Libera me’. Entre 2010 e 2014, deu aulas de piano e formação musical em diversas escolas de Londres, tendo também colaborado num projecto de inclusão social pela arte. Durante este período, realizou actividades de produção, curadoria e divulgação de música contemporânea.