Pedro Teixeira da Silva é reconhecido sobretudo como violinista, ligado à Orquestra Sinfónica Portuguesa e aos agrupamentos Corvos e Secret Lie. Há muito, todavia, que o premiado violinista desenvolve também uma prolífera carreira como compositor, com fusões e cruzamentos de estilos musicais desde a música POP/rock à tradição erudita, assumindo uma escrita peculiar que procura levar o ouvinte a criar imagens e a construir uma viagem imaginária.

No dia de 17 Junho, às 16h00, a Igreja da Graça, em Lisboa, irá acolher a estreia de algumas das mais recentes obras para orquestra sinfónica do compositor. Depois do êxito de Lux prima spei, no ano passado, apresenta-se agora Momentum, um programa que conta com três solistas acompanhados da Orquestra Círculo de Música de Câmara, dirigida pelo maestro Luís Santos. Do programa fazem parte a Abertura São Jorge, o Concerto para dois violinos (com os solistas Alexander Stewart e António Figueiredo), um Concerto para trompete (com o solista Jorge Almeida) e, como prelúdio, Ave, Maria de Schubert, em versão orquestrada pelo compositor especialmente concebida para este evento. O concerto, que conta com o apoio do Patriarcado de Lisboa e da Igreja da Graça, será emitido pela Internet em difusão directa.

No âmbito da música erudita, Pedro Teixeira da Silva compôs obras para formações de câmara, instrumentos solistas, obras orquestrais e com coro, que tiveram estreias em Portugal, Holanda, Espanha e Alemanha, sendo de destacar a recente cantata Lux prima spei, para quatro solistas, coro e orquestra, O Sorriso vertical (flauta solo), Deneb, para orquestra de cordas, Variações Ciganas, para violino e piano, Diabruras I, II e III (flauta e violino), os quartetos O Contador de Histórias, Animal Sketches e Suspiro Nocturno e Interrogações, entre outras obras de câmara e orquestrais, ciclos de canções e obras para piano solo.

©João Paulo Wadhoomall

Escreveu ainda música para cinema, nomeadamente para os filmes A Outra Margem, de Luís Filipe Rocha, Narguile, de Maria J. Pereira e Clara Jardim, e Reflexos, de João de Oliveira, assim como música para televisão.

Ainda este ano, Pedro Teixeira da Silva será o primeiro compositor português com uma obra distribuída pela Sony Music Portugal, um disco de música de câmara intitulado Os Contos do Feiticeiro, do qual fazem parte as obras A Floresta mágica – Sonata para violino e piano, A Misteriosa cidade da Alquimia – Quinteto com piano e A Grande aventuraTrio com piano.

O concerto de 17 de Junho é de entrada livre.

Sobre o autor

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Doutorada em Música e Musicologia (ramo de Interpretação) pela Universidade de Évora, é actualmente investigadora do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Iniciou os seus estudos musicais no Instituto Gregoriano de Lisboa. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas: Estudos Ingleses e Alemães (FLUL) e em Canto (ESML). Posteriormente obteve o grau de LGSM (Licenciate by the Guildhall School of Music and Drama) através do Trinity College. Como cantora de ópera, foi “Fanny” em 'O Tanoeiro' de Thomas Cooper (Teatro da Trindade), “2.ª Dama” na 'Flauta Mágica' de Mozart e “Sebastiana”, numa versão portuguesa da sua autoria da ópera 'Bastien und Bastienne' de Mozart. Para além de se apresentar regularmente em recitais, é membro do Coro Gulbenkian.