Termina este Sábado, 6 de Junho, a segunda edição do Festival de Órgão de Braga, com um concerto para órgão, cravo e orquestra barroca na Igreja de São Lázaro, precedido pela conferência “Três Séculos de Música para Órgão em Portugal” de Rui Vieira Nery.

Depois do sucesso da primeira edição, o Festival apresenta este ano uma nova selecção de seis órgãos de tubos, distribuídos pela cidade minhota, desde os mais discretos até à ilustre dupla da Sé de Braga. Estes dois órgãos excepcionais já estiveram presentes no festival anterior e foram ouvidos dia 29 de Maio com obras para dois órgãos e para órgão a quatro mãos.

Para além de distintos organistas, a programação conta ainda com a participação de vários músicos portugueses, através de um repertório diversificado apresentado em cinco concertos, bem como visitas guiadas, uma conferência, a apresentação do novo livro de Lídia Jorge O Organista e um workshop de Música Antiga por João Paulo Janeiro e músicos da orquestra barroca Concerto Ibérico.

O director artístico do Festival, José Rodrigues, dá igualmente destaque à longa tradição musical bracarense, que tornou possível a construção de cerca de meia centena de órgãos, entre o séc. XVI e o séc. XVIII, bem como ao valor patrimonial e cultural destes instrumentos.

Referido frequentemente como o “rei dos instrumentos”, o órgão é este ano representado pelos exemplares das igrejas dos Congregados, São Francisco de Real, Misericórdia, São Lázaro e da Catedral da Sé de Braga. Neste último, fica a expectativa do Festival nas frases que o coroam ‘Quis vidit huic símile?’ e ‘Quis audivit iquam tale?’, respectivamente ‘Quem ouviu coisa semelhante?’ e ‘Quem ouviu coisa igual?’.

 

 

Para mais informações pode consultar aqui o site do festival.

Sobre o autor

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Iniciou a Licenciatura em Música (Violoncelo) no Conservatorium van Amsterdam, concluída em 2011 na Universidade do Minho na classe de Pavel Gomziakov. Fez parte da Orquestra FOE – Capital Europeia da Cultura e Orquestra da Universidade do Minho, trabalhando com maestros como Joana Carneiro, Pedro Neves, Emílio de César e Francesco Belli, e acompanhando solistas de renome como Guy Braunstein, Victoria Mullova, Wim Mertens, Natalie Klein e Nelson Freire. Actuou em diversas óperas, tanto em cena como na orquestra, e participou nas gravações de 'Espelho Mágico' de Manoel de Oliveira. Leccionou uma 'masterclass' na Academia de Música de Vila Verde em 2012. Recebeu o prémio 'Jovem Escritor' da VII edição do Concurso Literário Matilde Rosa Araújo na categoria Conto Infantil. É professora de Violoncelo na Escola Profissional e Artística de Espinho (assistente do professor convidado Romain Garioud).