No âmbito da 44.ª Feira do Livro do Funchal, foi lançado, no passado dia 28 de Maio, o livro Da Orquestra da Câmara da Madeira à Orquestra Clássica da Madeira, da autoria do Dr. Eduardo Alves. A apresentação do livro foi feita pelo Dr. Carlos Gonçalves, Presidente da Direcção do Conservatório-Escola Profissional das Artes da Madeira e Director Executivo da Orquestra Clássica da Madeira (OCM) entre 1995 e 2000, e decorreu no átrio do Teatro Municipal Baltazar Dias, na presença da Secretária Regional de Turismo e Cultura, Dr.ª Paula Cabaço.
Editado pelas Novas Edições Académicas, e com o subtítulo Contributos para uma análise organizacional, o livro traça o historial daquela que é, de momento, a orquestra mais antiga do país com actividade ininterrupta, mas que, desde a sua criação, a 13 de Fevereiro de 1964, funcionou de maneira informal, tendo sido constituída como Associação Orquestra de Câmara da Madeira apenas vinte anos mais tarde, em 1984. O primeiro maestro da orquestra foi o Prof. Jorge Madeira Carneiro, que, na altura, foi docente na Academia de Música da Madeira, mais tarde Academia de Música e Belas Artes da Madeira (que deu origem ao Conservatório).
Depois de ter sido alterada a designação da Associação para a Associação Orquestra Clássica da Madeira, em 1996, a própria Orquestra intensificou bastante a actividade, mas, em 2000, depois de criada a Fundação Madeira Classic, a Orquestra passou a ser gerida por si mesma e o seu rumo foi determinado ora pela Fundação, ora pela Associação Notas e Sinfonias Atlântica, uma instituição privada sem fins lucrativos e de Utilidade Pública, constituída em 2013, especificamente para gerir e dinamizar a Orquestra Clássica da Madeira e os seus corpos camerísticos.
O autor deste livro é Investigador Integrado no CIERL/UMa e doutorado pela F. C. Trabajo da Universidade de Cádiz, dedicando-se sobretudo ao direito educativo autonómico. Elaborada de forma cientificamente rigorosa e coerente, esta análise representa uma mais-valia para a história das artes na Região Autónoma da Madeira e serve também para evidenciar as vicissitudes no percurso de uma Associação que, conforme o autor, “preenche certamente os ingredientes necessários a ter assegurado meio século de existência e poder enfrentar o futuro, ultrapassando os obstáculos que ainda se lhe coloquem no caminho”.