A música é uma das muitas ocupações profissionais que durante séculos resistiu e continua a resistir à integração igualitária de mulheres. Embora não haja, hoje em dia, qualquer impedimento formal que limite o acesso de qualquer género a qualquer área de especialização musical, os séculos de tradição generizada, isto é, em que determinadas ocupações eram proibidas ou desaconselhadas, ou subtilmente tornadas menos acessíveis a determinado género, ainda se reflectem na forma como a generalidade das crianças são introduzidas à prática musical, e como se desenrolam os seus percursos académico e profissional. De resto, estereótipos e preconceitos de género estão arreigados em qualquer prática social, e a música não é excepção.

Na tradição musical ocidental, e embora a música há muito fizesse parte da educação doméstica das jovens das classes aristocráticas e burguesas, o acesso das mulheres à música como profissão é bastante tardio, datando, salvo excepções — lembro-nos das religiosas em conventos, mas não só — da segunda metade do século dezanove. Devido a estereótipos de género hoje parcialmente ultrapassados, esse mesmo acesso deu-se de forma bastante limitada e gradual, determinado pelo instrumento e área de especialização. Neste contexto, a direcção de orquestra, mais ainda do que a composição, é uma profissão historicamente associada a homens. Não é de somenos pensar que a primeira vez que uma mulher, a maestra ucraniana Oksana Lyniv (n. 1978), dirigiu uma ópera no Festival de Bayreuth foi apenas no último verão (2021).

Um dos factores que contribui para este problema é a inexistência de referências históricas. Apesar de ter havido mulheres a reger orquestras desde o século dezanove, e certamente muito antes disso também, em contextos menos estudados, populares, folclóricos, domésticos, etc., a sua quase invisibilidade ou mesmo a sua total ausência em manuais, compêndios e enciclopédias da história da música, à excepção do mesmo tipo de publicações especificamente dedicadas às mulheres, alimenta o mito de que estas não se adequam à direcção orquestral.

Importa por isso divulgar a história das maestras em Portugal. Além da recuperação de um património histórico, pretende-se criar referências, para gerações contemporâneas e futuras, de mulheres que efectivamente venceram (embora apenas parcialmente) uma série de obstáculos hoje dificilmente imagináveis, e conseguiram reger orquestras em contexto profissional em Portugal.

Este dossiê não pretende ser exaustivo, mas apoia-se em dois eixos: mulheres que dirigiram orquestras em Portugal em contexto público e profissional e que, nesse âmbito, tiveram alguma visibilidade na esfera pública.

Na tabela abaixo encontram-se os registos até agora reunidos com as maestras activas em Portugal até ao fim da ditadura (1974).

 

PRIMEIRO REGISTO (PORTUGAL)

NOME

NATURALIDADE

FORMAÇÃO

INSTRUMENTO(S)

OUTRA(S) ACTIVIDADE(S)

1879

Josephine Amann (1840-1887)

Viena, Áustria

Informal, particular

Piano, violino

Composição, aulas particulares

1928

Francine Benoît (1894-1990)

Périgueux, França

Conservatório

Piano

Composição, crítica musical, ensino

1930

Cândida Margarida Cyriaco da Costa (?-?)

?

?

?

?

1930

Laura Bandeira (?-?)

?

?

?

?

1930

Maria da Luz Antunes (1905-?)

Lisboa, Portugal

?

Violino, violeta

?

1932

Ofélia Freire Correia (1890-19?)

Rio de Janeiro, Brasil

?

Piano

?

1932

Albertina Rios de Albuquerque (1888-19?)

Lisboa, Portugal

?

Piano

?

1936

Berta Alves de Sousa (1906-1997)

Liège, Bélgica

Conservatório

Piano

Composição, crítica musical, ensino

1937

Manuela Câncio Reis (1910-2011)

Alhandra, Portugal

Informal, particular

Piano

Composição, funcionária administrativa

1941

Maria Elisa Pinto de Almeida, ou Marilisa Almeida (1914-?)

Vila Nova de Gaia, Portugal

?

Piano

?

1955

Elvira de Freitas (1927-2015)

Lisboa, Portugal

Conservatório

Piano

Composição, crítica musical, ensino

1957

Nathércia Couto (1924-1999)

Barreiro, Portugal

Conservatório

Piano

Composição, escrita, funcionária administrativa

 

Infelizmente, há pouca ou nenhuma informação sobre a maioria destas mulheres. Não se sabe se todas dirigiram em contexto profissional, e é até provável que algumas nunca tenham tido oportunidade de se apresentar em público. Porém, sabe-se que outras o fizeram, uma vez que gozaram de algum protagonismo na esfera pública: Josephine Amann, Francine Benoît, Berta Alves de Sousa, Manuela Câncio Reis, Nathércia Couto, e Elvira de Freitas.

Josephine Amman (1840-1887) nasceu na Áustria. Começou por aprender piano com pai, e mais tarde com Clara Schumann. Na década de 1860, e ainda em Viena, começou por formar um quarteto de arcos com a irmã, Elisa Weinlich (1957-?), que gradualmente e à medida que se foi popularizando se alargou até se chamar Orquestra de Senhoras de Viena, e mais tarde, Orquestra Europeia de Senhoras. As tournées internacionais principiaram em 1869 e, além de vários países europeus, incluíram os Estados Unidos. Em 1879, entretanto casada com o empresário de música Ebo Amann, a maestra adoeceu em Lisboa, na véspera de viajar para o Brasil. A única orquestra lisboeta em actividade, a Orquestra da Associação 24 de Junho, exclusivamente composta por homens, como a grande maioria das orquestras, não tinha maestro. Após alguma resistência da parte da Associação, Ebo Amann consegue que a sua mulher seja contratada para reger a orquestra. Apesar da recepção e crítica na imprensa terem sido bastante favoráveis, os músicos continuaram insatisfeitos por terem de obedecer a uma mulher. Os protestos e boicotes de bastidores eventualmente levaram à contratação de um maestro, o alemão Ludwig von Brenner (1833-1902). O triste término da carreira internacional de sucesso de Josephine Amann foi na Lisboa de 1880. Nos últimos sete anos de vida, Amann fundou e dirigiu a revista de música Gazeta musical e deu aulas de piano particulares.

Orquestras de mulheres como a de Josephine Amann foram um fenómeno de popularidade na segunda metade do século XIX e até à primeira Guerra Mundial (1914-1918). Nesse contexto, contrataram-se orquestras semelhantes, embora em tamanho mais reduzido, para tocar em Lisboa e no Porto nos verões de 1912, 1913 e 1914. Também o Coliseu dos Recreios recebeu uma maestra em 1912 e 1913, Annina Capeli (?-19?), dirigindo a companhia de opereta Granieri-Marchetti, em tour pela Península Ibérica. E até se formaram em Portugal orquestras de mulheres, porém dirigidas por homens. Júlio Cardona (1879-1950) dirigiu pelo menos duas orquestras de arcos de mulheres, em 1903 e em 1929, compostas por alunas suas. Também Alfredo Mântua (1880-1944) fundou e dirigiu a Grande Tuna Feminina (1907-1913), que chegou a contar com quase cinquenta instrumentistas amadoras, alunas suas, e que se dedicava exclusivamente a eventos de beneficência. Ainda outra excepção a apontar: em Maio de 1954, a criança “prodígio” Gianella De Marco (1944-2010), que regia orquestras desde 1949, dirigiu em Lisboa a Aida e Il trovatore. Não surpreendentemente, as récitas foram um sucesso comercial, mas a crítica especializada reconheceu que foram prestações frágeis baseadas numa teatralidade risível, que prejudicou todo o espectáculo.

 

Francine Benoît, com o fato com que dirigiu em 1939

 

Francine Benoît (1894-1990) nasceu em França e começou por aprender música com a mãe. Já em Portugal frequentou a Academia de Amadores de Música de Lisboa (1904-1906) e o Conservatório Nacional (1914-1917), onde se diplomou em piano e composição. Fez um ano de estudos na Schola Cantorum, em Paris, em 1917-1918, mas viver presencialmente a guerra fê-la regressar precocemente, no começo do segundo ano de estudos. Em Portugal, Benoît notabilizou-se sobretudo na crítica musical e no ensino, mas também na composição. Dirigiu orquestras em duas ocasiões, em 1928 e em 1939. Na primeira, uma orquestra de arcos de mulheres, ao que tudo indica formada exclusivamente para aquele concerto. Na segunda, a orquestra da câmara da Emissora Nacional, para um programa ecléctico que incluiu a estreia de Partita, a sua primeira obra de câmara. Benoît teve uma intensa actividade como regente coral, salientando-se o coro infantil da Associação Feminina Portuguesa para a Paz (1947-1952) e o coro da Voz do Operário (1950-1955). Nalguns desses concertos corais chegou também a dirigir pequenos agrupamentos de câmara. Benoît pertenceu à oposição intelectual antifascista, sempre próxima do Partido Comunista Português, em que se viria a filiar mais tarde, e envolvida em actividades culturais oposicionistas. Por esse motivo esteve várias vezes sob vigilância da polícia política. Pela sua crítica musical às vezes mordaz, em que não receava criticar compositores e músicos reputados, como Vianna da Motta (1968-1948) ou Luiz de Freitas Branco (1890-1955), ganhou algumas inimizades nos círculos de poder artístico, e especialmente no meio musical, o que dificultou ainda mais as suas possibilidades profissionais. Entre as várias instituições privadas onde deu aulas salienta-se a Escola Oficina n.º 1 de Lisboa, o Jardim-Escola João de Deus, a Voz do Operário e a Academia de Amadores de Música.

 

Berta Alves de Sousa a dirigir em 1950 (Espólio do Conservatório de Música do Porto)

Berta Alves de Sousa a dirigir. Sem data (Espólio do Conservatório de Música do Porto)

 

Berta Alves de Sousa (1906-1997) nasceu na Bélgica. Diplomou-se em piano e composição no Conservatório de Música Porto. Ainda jovem apresentou-se em vários recitais ao piano, acompanhada ao violino pela sua irmã Leonor Alves de Sousa (nome de casada: Sousa Prado). Em 1936, estudou direcção com Clemens Krauss (1893-1954), no Instituto Alemão de Música para estrangeiros em Berlim. Após o seu regresso no Outono do mesmo ano, começou a dirigir concertos de beneficência no Porto, para os quais formava orquestras que contavam com profissionais e amadores. Provavelmente na expectativa de conseguir um agrupamento mais estável, Berta Alves de Sousa fundou a sua própria orquestra de arcos de mulheres, com que se apresentou entre 1939 e 1941. Talvez o concerto com mais visibilidade tenha sido quando dirigiu a orquestra da Emissora Nacional nas comemorações do quarto aniversário da rádio, em 1939. De 1946 em diante, Berta Alves de Sousa trabalhou como professora no Conservatório de Música do Porto, tendo assinado também crítica musical em jornais da cidade e na Revista dos alunos do Conservatório de Música do Porto. As duas últimas vezes que dirigiu foram em 1948 e 1950, porém apenas subiu ao pódio para dirigir obras suas (Divertimento em 1948, e o poema sinfónico Vasco da Gama em 1950), sendo que o restante programa ficou a cargo dos maestros titulares das respectivas orquestras (Raul Lemos da orquestra Sinfónica do Sindicato dos Músicos do Porto em 1948, e Frederico de Freitas da Orquestra Sinfónica do Porto em 1950).

 

Manuela Câncio Reis em 1931

 

Manuela Câncio Reis a dirigir ‘Sonho ao luar’ em 1937

 

Manuela Câncio Reis (1910-2011), nasceu em Alhandra e estudou música com professores particulares. Desde jovem que ajudava o pai, músico amador, na produção dos espectáculos que este organizava na Sociedade Euterpe Alhandrense. Câncio Reis começou cedo a compôr para esses eventos de teatro musical, e acompanhando os ensaios ao piano, bem como criando coreografias. Em 1931 casou com o escritor comunista Joaquim Soeiro Pereira Gomes (1909-1949), que passou a colaborar com a esposa e com o sogro, escrevendo os textos para as canções e ajudando também nos ensaios. Incentivada pelo compositor e maestro José da Silva Marques (1888-1955), Câncio Reis começou a dirigir a orquestra da Sociedade Euterpe Alhandrense, exclusivamente composta por homens. Em 1937 produz e compõe a música para a revista Sonho ao luar, com textos do marido, ficando também responsável por dirigir a orquestra. Apresentaram este espectáculo também em Lisboa, numa récita a pedido do jornal O século, em benefício da sua colónia balnear infantil, e noutra a pedido da Associação Feminina Portuguesa para a Paz, associação feminista e antifascista. É-lhe então oferecido um contrato na Emissora Nacional para reger um orfeão de mulheres, e compor e orquestrar canções. No seguimento das greves de 8 e 9 Maio de 1944, e da célebre Marcha da Fome, Soeiro Pereira Gomes vê-se forçado a passar à clandestinidade para fugir à prisão. Manuela Câncio Reis, que chegou a ser presa na tentativa de lhe extraírem informações sobre o paradeiro de marido, viu-se forçada a abandonar a vida artística, acabando por empregar-se como secretária em Lisboa. Câncio Reis compôs bastante música, sobretudo canções popularizadas através da Emissora Nacional, a maior parte com poemas do seu marido.

Nathércia Couto em 1949 (Arquivo Municipal do Barreiro)

 

Nathércia Couto em 1958

Nathércia Couto (1924-1999) nasceu no Lavradio, Barreiro. Começou por aprender música com o avô paterno, músico amador. Nathércia e o irmão mais novo, o violinista Rafael Couto (19?-19?), foram os primeiros músicos profissionais na família. Couto diplomou-se em piano no Conservatório Nacional e em 1948 ingressou na classe de direcção orquestral de Eugène Bigot (1888-1965) no Conservatório de Paris. Em 1949 frequentou os cursos da Academia Chigiana, em Siena, onde estudou com Paul van Kempen (1893-1955) e Alceo Galliera (1910-1996). Após diplomar-se em direcção, mudou-se para Roma, onde formou a sua própria orquestra, com que se apresentou em várias cidades europeias. Em Portugal, Couto regeu esporadicamente, entre 1957 e 1970, as orquestras Filarmónica de Lisboa, Sinfónica do Porto, de concerto da Emissora Nacional, e a Sinfónica de Lisboa. Entre 1961 e 1964, a maestra viveu no Brasil, onde regeu a Orquestra Sinfónica da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, a Orquestra das Emissoras Associadas e a sua própria orquestra, a Orquestra do Centro de Cultura Lusíada, em Santos. Além da sua actividade como maestra, Couto foi também compositora, conferencista e escritora, tendo publicado três livros. Nathércia Couto foi uma vocal apologista do regime fascista, que anunciava a sua devoção católica e patriótica em tudo o que fazia, incluindo nos seus concertos, em entrevistas e nos seus livros. As poucas oportunidades de desenvolver a sua carreira artística em Portugal conduziram-na gradualmente a uma situação de grande precariedade financiera, que acabou solucionada com a oferta de um posto administrativo no Ministério dos Negócios Estrangeiros em 1970.

 

Elvira de Freitas e o seu pai, Frederico de Freitas, à frente de uma orquestra. Sem data

 

Elvira de Freitas (1927-2015) nasceu em Lisboa, filha do compositor e maestro Frederico de Freitas (1902-1980). Estudou piano no Conservatório e teve aulas de composição com professores privados, entre os quais Fernando Lopes-Graça e Nadia Boulanger (1887-1979). Começou a notabilizar-se como compositora de música popular e venceu o 1.º Prémio do Concurso de Marchas de Lisboa com a sua Marcha do Bairro Alto. É-lhe então oferecido um contrato na Emissora Nacional para um programa mensal, As nossas melodias, que durou de 1955 a 1967, para o qual tinha de compôr e orquestrar música folclórica e ligeira, e ensaiar e dirigir a orquestra. Como não tinha cursado direcção orquestral, Elvira de Freitas submeteu-se a exame no Sindicato dos Músicos para obter carteira profissional, em 1957. O fim do programa de rádio marcou o fim da sua carreira de maestra, tendo-se então dedicado exclusivamente à composição e ao ensino de música em escolas oficiais. Algumas das suas composições tornaram-se bastante populares, essencialmente marchas e canções, muitas com poemas da autoria de Fernanda de Castro (1900-1994), esposa de António Ferro (1895-1956), de quem foi muito próxima desde criança, por meio das redes de sociabilidade do pai.

Qualquer uma destas maestras superou uma série de obstáculos e preconceitos para conseguir aceder à direcção de orquestra, numa altura em as orquestras eram constituídas maioritariamente por homens, algumas mesmo exclusivamente. Embora algumas destas profissionais tenham tido mais dificuldades em apresentar-se em concerto do que outras, por exemplo, Manuela Câncio Reis e Francine Benoît, por motivos políticos, todas tiveram apenas oportunidades esporádicas, excepto Elvira de Freitas que foi a única a ter um contrato enquanto directora orquestral. Nathércia Couto é um caso extraordinário, pois conseguiu ter orquestra própria em Itália e no Brasil, mas nunca em Portugal, apesar da sua proximidade às mais altas figuras do regime, incluindo o Cardeal Cerejeira (1888-1977) e o próprio António de Oliveira Salazar (1889-1970). O nível de resistência que todas encontraram manifestou-se nas escassas oportunidades que tiveram, no facto de terem dirigido apenas música popular, nos casos de Elvira de Freitas e de Manuela Câncio Reis, ou de terem dirigido apenas concertos gratuitos, nos casos de Francine Benoît e de Nathércia Couto, ou vários concertos de beneficência, nos casos de Berta Alves de Sousa e de Nathércia Couto. Ainda outro dado: todas deixaram de reger por volta dos quarenta e cinco anos de idade.

Não obstante, as suas vidas e carreiras foram extraordinárias: por tudo o que, apesar de todas as contrariedades, conseguiram alcançar; por terem sido maestras em Portugal.

Bibliografia
• Helena Lopes Braga, “Para a Historiografia das Maestras em Portugal: mulheres maestras sob ditadura (1926-1974)”, revista Música Hodie, 21, 2021.
• Ernesto Vieira, Dicionário biográfico de músicos portugueses: história e bibliographia da música em Portugal, vol. 1, 1900.
• Maria José Artiaga, “Josephine Amann, uma maestrina entre a Europa, os Estados Unidos e Portugal na 2.ª metade do século XIX”. Exiliance au féminin dans le monde lusophone (XXe-XXesiècles). M. G. Besse, M. A. Silva, A. P. Coutinho & .F. Outeirinho (eds.), pp. 291-299. 2017.
• Biblioteca Nacional – Espólio de Francine Benoît
• Arquivo Municipal do Barreiro – Espólio de Nathércia Couto
• Conservatório de Música do Porto – Espólio de Berta Alves de Sousa
• Universidade de Aveiro – Espólio de Elvira de Freitas

Sobre o autor

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Helena Lopes Braga é doutoranda em Estudos de Género na Central European University,​ em​ Budapeste, Mestre​ (Excelente)​ e Licenciada​ (Muito bom)​ em Musicologia Históri​c​a pela F​aculdade de Ciências Sociais e Humanas da U​niversidade ​Nova de Lisboa.​ ​​Desenvolv​e ​i​nvestigação ​nos domínios da ​música, género, sexualidades e sociabilidades, e tem-se dedicado particularmente ao estudo de elites intelectuais e artísticas de mulheres durante o Estado Novo. Foi Vice-Presidente da SPIM, Sociedade Portuguesa de Investigação em Música e co-fundadora do NEGEM, Núcleo de Estudos em Género e Música, e do SociMus, Grupo de Estudos Avançados em Sociologia da Musica, ambos pertencentes ao CESEM, Centro de Estudos em Sociologia e Estética da Música.