A iconografia musical é uma área que se movimenta no âmbito das ciências musicais, explicando-nos o significado de imagens de carácter musical em determinadas fontes. Em marketing, o posicionamento é resultado de uma estratégia para obter uma ligação diferencial e positiva com o mercado-alvo, não só em termos de lucro, mas de acrescentar valor socialmente. E é precisamente esta estratégia, globalmente testada em muitas situações na sociedade, que se pretende aqui evocar no contexto de um exemplo de iconografia musical, no sentido de interpretar o seu posicionamento junto das esferas envolventes às suas áreas de intervenção e respectivo contributo social.

A estratégia de posicionamento no marketing recorre frequentemente, entre outros aspectos, a um “mix” de vários factores: mercado potencial, controlo de qualidade, design, vantagens diferenciais e comunicação. Na iconografia musical o seu mercado está bem definido: levantamento, investigação, apoio, formação, publicação e divulgação, validação nacional e internacional. O controlo de qualidade encontra-se no seu rigor de investigação, ou seja, nas “normas e critérios internacionais de tratamento, descrição e indexação de imagens com motivos musicais”, segundo a página de apresentação no CESEM, Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical. No que tange à vantagem diferencial poderemos ter no seu carácter interdisciplinar a virtude de um âmbito mais vasto, quando comparado com outras áreas das ciências musicais. A comunicação desenvolve-se na “interpretação da imagem com conteúdo musical, seja sob a forma de tutoriais, seminários, cursos ou outras acções”.

Neste quadro,  a descrição acima resumida evoca a dimensão do estudo necessário para perceber como a iconografia musical é activada para responder às suas funções. E, por conseguinte, é promissor o seu novo posicionamento como área da estudos basilar no âmbito nas ciências musicais. O posicionamento proposto deve assentar em dois pilares fundamentais: rigor e comunicação. O rigor como garantia de credibilidade de todo o trabalho que é desenvolvido, e a comunicação como suporte à divulgação das várias ações que a iconografia musical desenvolve no seu contributo junto da academia e da sociedade.

 


 

 

VIVA O LADO COCA-COLA DA MÚSICA

Uma parceria Coca-cola e MTV promove encontros musicais inéditos: a campanha fez parte da estratégia de comunicação integrada que se desenvolveu no Brasil e em toda América Latina, com foco no público jovem. A ideia proporcionou fusão de ritmos, estimulando a convivência entre pessoas, união e respeito pelas diferenças. A fusão de estilos, como demonstram os cartazes, leva o conceito de que “1 + 1 = 3”. A ilustração é de Rodrigo Oliveira. Esta campanha de 2007 é demonstrativa da procura da marca em se posicionar no imaginário dos jovens através de imagens associadas à música, num movimento que se inicia ao sair da garrafa. É uma activação que visa fundamentalmente um posicionamento de ligação e diferenciação.

 


Pedro Rufino assina o “Música entre Artes #9” a convite de Luzia Rocha.

Sobre o autor

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Formação em Marketing e Publicidade pelo IADE Creative University. Colaboração em projectos de arquitectura no ateliê do arquitecto Ronald Hart, na área de imagem. Presença em exposições colectivas de pintura e técnicas mistas. Apoio de ‘branding’ na sua execução em eventos diversos junto de marcas nacionais e internaconais, de que se destacam a EDP, a McDonald´s, a Midas, a Águas de Cascais e redes de lojas com sistema de 'franchising'.