Realizou-se, nos dias 23 e 24 de Maio, a primeira conferência “Chinese Music and Musical Instruments”, no Centro Científico e Cultural de Macau, em Lisboa, com a participação de François Picard (Université Paris-Sorbonne), Helen Rees (University of California, Los Angeles), Frank Kouwenhoven (CHME – European Foundation for Chinese Research, Leiden), Min Yen Ong (University of London), Claire Chantrenne (Musée des Instruments de Musique, Bruxelas) e Shi Yinyun (Durham University).

Após a recepção e a sessão de abertura no dia 23 de Maio, segunda-feira, o evento teve início com uma conferência sobre “Etnomusicologia em Portugal” pela Prof. Dra. Salwa El-Shawan Castelo Branco, directora do Instituto de Etnomusicologia – Música e Dança (INET-md) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/UNL), seguindo-se uma comunicação de Enio de Souza sobre “Música e instrumentos musicais chineses em Portugal”. A tarde do primeiro dia foi reservada para temas como “Os principais estratos da história e desenvolvimento do instrumentarium chinês”, por Claire Chantrenne, “Música chinesa: taoismo, confucionismo e budismo” por François Picard, e “O carrilhão de bronze do túmulo do marquês Zeng Houyi”, por Frank Kouwenhoven.

 

 

Na manhã do segundo dia assistiu-se às participações de Shi Yinyun, com o tema “A expressão da identidade local numa sociedade urbana contemporânea: um estudo sobre a tradição da narrativa vocal ping-tang em Suzhou, China”, e de Min Yen Ong, com o título “Kunqu: ópera tradicional chinesa”. As últimas intervenções estiveram a cargo de Leonor Dias Azêdo, com uma comunicação com o título “Nós somos o Estado e o Estado é o território: Music and Identity representation in Macau Chinese Orchestra”, e de Frank Kouwenhoven, com os temas “Ocidentalização na música chinesa” e “Teatro de sombras chinesas: um trabalho de campo em Gansu, em 2007”. Depois do debate final e da sessão de encerramento, pudemos contar com a actuação do Coro Molihua, com direcção de Carlos Silva.

O evento foi patrocinado pelo Centro Científico e Cultura de Macau, pela Fundação Jorge Álvares, pelo INET-md, pela FCSH/UNL e pela Fundação para a Científica e a Tecnologia, entre outros.

Sobre o autor

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Isabel Pina é doutoranda e bolseira de doutoramento em Ciências Musicais Históricas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, interessando-se principalmente pelo estudo da história da música em Portugal nos séculos XIX e XX, música e ideologia, nacionalismo, análise e semiótica musical, e imprensa e crítica musical. Concluiu o mestrado em Ciências Musicais tendo apresentado a dissertação “Neoclassicismo, nacionalismo e latinidade em Luís de Freitas Branco, entre as décadas de 1910 e 1930”. É actualmente voluntária na Biblioteca Nacional de Portugal, tendo estagiado no Museu da Música. Enquanto colaboradora do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), é membro do Grupo de Teoria Crítica e Comunicação, do SociMus (Grupo de Estudos Avançados em Sociologia da Música), e co-fundadora do Núcleo de Estudos em Música da Imprensa.