A temporada de música de câmara do Teatro Nacional de São Carlos é inaugurada este sábado, dia 31 de Outubro, por João Paulo Santos e Maria Luísa de Freitas.

O recital é consagrado à canção francesa sobre poemas de Victor Hugo (1802-1885), à excepção das peças de Respighi, “Un sogno”, “La naiade”, “La sera” e “Sopra un’aria antica”, retiradas da colectânea Poema Paradisiaco de Gabriele d’Annunzio (1863-1938), e terá lugar no Salão Nobre do teatro às 18 horas.

Para além de Respighi (1879-1936), Maria Luísa de Freitas, com o acompanhamento ao piano de João Paulo Santos, interpretará peças de Saint-Saëns (1835-1921), Liszt (1811-1886), Fauré (1845-1924), Alfredo Keil (1850-1907), Donizetti (1797-1848), Tosti (1846-1916), Massenet (1842-1912), Bizet (1838-1875) e Wagner (1813-1883), numa celebração da obra de Victor Hugo e do que poetas do romantismo representaram para a música europeia do século XIX.

João Paulo Santos desempenha actualmente funções de Director de Estudos Musicais e Director de Cena no Teatro Nacional de São Carlos. Tem-se apresentado a solo e em grupos de câmara, interessando-se em particular pela investigação, edição e interpretação de obras dos séculos XIX e XX. Foi responsável pela apresentação no Teatro Nacional de São Carlos e no Centro Cultural Olga Cadaval das óperas Serrana e Dona Branca, de Keil, e Lauriane e O espadachim do outeiro de Augusto Machado.

Maria Luísa de Freitas é meio-soprano e ao longo da carreira tem-se destacado em papéis como Carmen (Carmen), Maddalena (Rigoletto), Lola (Cavalleria Rusticana), Zita (Gianni Schicchi), Marcellina (Le Nozze di Figaro) e, ainda no final da última temporada de ópera do Teatro Nacional de São Carlos, como Baba, a Turca, em The Rake’s Progress.

Após este recital, a temporada de música de câmara prossegue até Maio com mais concertos por intérpretes como o pianista Simon Trpceski (a 7 de Novembro), o soprano Elisabete Matos e o pianista Artur Pizarro (a 21 de Novembro), o soprano Ana Quintas e João Paulo Santos (a 12 de Março) ou o pianista António Rosado (a 28 de Maio). Mais informações podem ser consultadas aqui.

 

Sobre o autor

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Mariana Calado encontra-se a realizar o Doutoramento em Ciências Musicais Históricas focando o projecto de investigação no estudo de aspectos dos discursos e das sociabilidades que caracterizam a crítica musical da imprensa periódica de Lisboa entre os finais da I República e o estabelecimento do Estado Novo (1919-1945). Terminou o Mestrado em Musicologia na FCSH/NOVA em 2011 com a apresentação da dissertação "Francine Benoît e a cultura musical em Portugal: estudo das críticas e crónicas publicadas entre 1920's e 1950". É membro do SociMus – Grupo de Estudos Avançados em Sociologia da Música, NEGEM – Núcleo de Estudos em Género e Música e do NEMI – Núcleo de Estudos em Música na Imprensa, do CESEM. É bolseira de Doutoramento da FCT.