No passado Sábado, dia 10 de Outubro, pelas 21h30, foi apresentada a ópera cómica Rita (Deux hommes et une femme) no Coliseu Micaelense, em Ponta Delgada. Este espectáculo foi organizado pela Quadrivium, Associação Artística, em parceria com o Coliseu Micaelense, tendo o patrocínio do banco BANIF Açores.

Rita (Deux hommes et un femme), da autoria de Gaetano Donizetti, com libretto em francês de Gustave Vaëz, é uma ópera cómica em um acto, com oito rubricas musicais, intercalados com diálogos falados. A ópera foi escrita em 1841, tendo sido estreada já postumamente a 7 de Maio de 1860 no Opéra Comique de Paris.

O elenco foi composto por Helena Castro Ferreira, como Rita, Fernando Guimarães, como Beppe, e José Corvelo, como Gasparo, junto com a orquestra Sinfonietta de Ponta Delgada, agrupamente tutelado pela Quadrivium – Associação Artística, dirigida pelo maestro e pedagogo Amâncio Cabral.

A Quadrivium, Associação Artística, é uma associação sem fins lucrativos que tem como principal missão a dinamização e desenvolvimento do meio musical e a defesa da cultura e património artístico da Região Autónoma dos Açores. Esta associação tem uma forte componente pedagógica, elegendo os músicos mais jovens como destinatários privilegiados. Tem como objectivos a construção de um espaço de realização artística através de parcerias com outros agentes culturais da Região, no sentido de contribuir para a intensificação do contacto dos jovens músicos com o meio musical exterior, possibilitando uma vivência musical que não pretende ser exclusiva de quem opta por um percurso profissional. Para além da Sinfonietta de Ponta Delgada, esta associação tutela ainda a Orquestra de Câmara de Ponta Delgada, Orquestra Quadrivium e a Academia de Música de Vila Franca do Campo.

 

Sobre o autor

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Musicólogo açoriano, doutorando na Universidade de Évora, é mestre em Ciências Musicais (FCSH NOVA) e licenciado em Música (UÉvora). É investigador em formação no CESEM e membro do MPMP. Catalogou o arquivo musical da Sé de Angra, foi bolseiro no projeto ORFEUS e também investigador no projeto PASEV. Fundou e dirigiu o Ensemble da Sé de Angra e também o Ensemble Eborensis, com concertos nas ilhas dos Açores, Continente português e França. Os seus interesses de investigação centram-se na polifonia portuguesa seiscentista, especialmente no Alentejo, e a música nos Açores do século XV ao final do XIX.