Será lançado, no próximo dia 15 de Março, o 1.º CD da nova colecção discográfica Órgãos Históricos de Santarém, um projecto com a iniciativa e o apoio da instituição do mesmo nome e das Câmara Municipal de Santarém, Diocese de Santarém e Santa Casa da Misericórdia de Santarém, com edição do mpmp, movimento patrimonial pela música portuguesa.

Este primeiro volume constitui a primeira gravação absoluta do órgão histórico da Igreja da Misericórdia, um instrumento de Machado e Cerveira (1818) recentemente restaurado por Dinarte Machado (2009). Os volumes seguintes da colecção serão dedicados aos vários outros órgãos históricos da região, um património organológico de valor inestimável que se encontra em muito boas condições de manutenção.

Surpreender-se-á certamente o público melómano com a obra musical de Frei José Marques e Silva, de quem é possível neste registo ouvir os Responsórios de Sexta-feira Santa (1832), os Versos de 5.º ou 7.º tom alternados com o cantochão do Magnificat de 5.º tom, um Tantum ergo e um Benedictus (1809), interpretados pela Capella Patriarchal (Patrycja Gabrel e Mónica Santos, sopranos; Carolina Figueiredo e Catarina Saraiva, contraltos; João Sebastião e Pedro Cachado, tenores; Manuel Rebelo e Hugo Oliveira, baixos; Sérgio Silva ao órgão nos coros), com João Vaz como organista (árias, duetos e obras a solo) e director musical.

O CD estará brevemente à venda nas lojas habituais, podendo ser já encomendado através da Loja MPMP.

 

Sobre o autor

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Curso Complementar de Piano no Conservatório Nacional. Licenciatura em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou sob orientação de Sérgio Azevedo e de António Pinho Vargas. Durante um ano, em programa Erasmus, frequentou o Conservatório Nacional Superior de Paris (CNSMDP). Mestre e doutorando em Ciências Musicais pela Universidade NOVA. Membro fundador e Presidente da Direcção do MPMP. Director da revista GLOSAS (números 1-15 e 20-). Distinguido com o 2.º Prémio do Concurso Otto Mayer-Serra (2017) da Universidade da Califórnia, Riverside, e o Prémio Joaquim de Vasconcelos (2019) da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música.