O V Concurso Internacional de Música de Câmara Cidade de Alcobaça (CIMCA) decorreu de 19 a 23 de Novembro, no Cine-Teatro João d’Oliva Monteiro, em Alcobaça, reunindo agrupamentos com músicos de Portugal, Espanha, Reino Unido, China, Finlândia, Irlanda e Japão.

O júri — António Rosa, Presidente e Director Artístico, Kika Materula, Pedro Carneiro, Luís Magalhães e Luís Tinoco — decidiu não atribuir os primeiros prémios, mas, decorrida a final, saíram vencedores ex-aequo com o 2.º Prémio o Merak Trio, formado por três percussionistas portugueses, e o Piano Duo, oriundo do Japão. Na categoria júnior foi premiado outro trio de percussão português, RePercussion (2.º Prémio) e o grupo também português ReQuintet (3.º Prémio). O Tejo Quartet (Portugal) e o Trio Ramales (Espanha e Portugal) mereceram, na categoria sénior, uma menção honrosa.

Quanto aos prémios de melhor interpretação de obra de compositor português ou radicado em Portugal, uma novidade muito para aplaudir na edição deste ano, foram atribuídos ao Piano Duo, por Paris 1937 de Fernando Lopes-Graça, na categoria sénior, e ao Repercussion Trio, por Zoom In – Zoom Out de Luís Tinoco, na categoria júnior.

O CIMCA é uma organização da Câmara Municipal de Alcobaça (CMA) e da Banda de Alcobaça (BA), com produção da Academia de Música de Alcobaça (AMA), que tem como objectivo a divulgação de música de câmara. Segundo a organização, a internacionalização do CIMCA foi um dos objectivos ganhos logo na primeira edição, realizada entre 29 de Março e 3 de Abril de 2009, onde Alcobaça foi uma plataforma para cerca de 130 músicos e 30 grupos das mais diferentes nacionalidades: Brasil, Estados Unidos, Espanha, Polónia, França, Rússia e Portugal.

Na fotografia, o Merak Trio, grupo formado em Julho de 2017, constituído por António Machado, Francisco Cipriano e Pedro Tavares, alunos da Escola Superior de Música de Lisboa.

Sobre o autor

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Curso Complementar de Piano no Conservatório Nacional. Licenciatura em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou sob orientação de Sérgio Azevedo e de António Pinho Vargas. Durante um ano, em programa Erasmus, frequentou o Conservatório Nacional Superior de Paris (CNSMDP). Mestre e doutorando em Ciências Musicais pela Universidade NOVA. Membro fundador e Presidente da Direcção do MPMP. Director da revista GLOSAS (números 1-15 e 20-). Distinguido com o 2.º Prémio do Concurso Otto Mayer-Serra (2017) da Universidade da Califórnia, Riverside, e o Prémio Joaquim de Vasconcelos (2019) da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música.