O reinício das actividades regulares do MPMP, com o lançamento de uma pequena temporada de Verão, teve uma repercussão excelente nos nossos amigos e seguidores mais próximos. A aposta em formatos como o ciclo Benjamim — na continuação de uma parceria cada vez mais estabelecida e frutífera com a Biblioteca Nacional de Portugal — ou as sessões de descoberta de pintura e música na Casa-Museu Anastácio Gonçalves (o ciclo Com ouvidos de ver…), bem como a nossa participação já habitual no Operafest e Lisboa e os diversos lançamentos editoriais, passando por música desde o início do séc. XIX até aos dias de hoje, foram um sucesso na afluência de um público cada vez mais diversificado.
A temporada de Outono será então de continuidade para estes formatos. Haverá mais três concertos, mensalmente, na CMAG (sobre a pintura de Domingos Sequeira, Silva Porto e Alfredo Keil), bem como três sessões do ciclo Benjamim, a última das quais será pretexto para a apresentação de uma das novidades editoriais desta estação: a edição do conto musical A Noite de Natal, de Eurico Carrapatoso, encomendado pelo MPMP em 2019 (pelo centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen, autora do texto). Este concerto terá uma repetição no local onde o projecto foi gravado, a Igreja do Hospital de Jesus, em Lisboa.
Mas as boas notícias não se ficam por aqui! Continuamos a colecção Memória, lançada no mês passado com um CD que celebrou António Victorino d’Almeida. O segundo volume levantará o véu da ainda desconhecida arte de Margarida Magalhães Sousa, pianista açoriana sobre quem editámos um livro biográfico no início deste ano. A melographia portugueza verá também dois números juntarem-se à sua colecção, com o trigésimo volume dedicado à família Avondano, na estreia do Ludovice Ensemble na nossa etiqueta, e com o trigésimo-primeiro a trazer a público a gravação das missas de Francisco de Sá Noronha que o Ensemble MPMP levou ao festival Música em São Roque em 2020.
E por falar em São Roque: o Outono do MPMP já não é o mesmo sem a participação no importante certame organizado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Voltamos, portanto, à Igreja de São Roque, como sempre para apresentar estreias: a primeira apresentação moderna de duas missas de Francisco Norberto dos Santos Pinto e de Francisco Xavier Migone e a primeira audição absoluta de Tão fundo o íntimo rumor, de Samuel Gapp (vencedor do Prémio Musa 2022). Como sempre, estão convidados para este e todos os restantes concertos neste final de 2023 repleto de excelente música portuguesa!