Decorre até 28 de Fevereiro o prazo para entrega de candidaturas ao Prémio Internacional de Composição – Órgãos do Palácio Nacional de Mafra de 2017, em celebração do magnífico conjunto instrumental do monumento que celebra, este ano, o tricentenário do lançamento da primeira pedra.

Este prémio, com periodicidade bienal, e cuja organização é da responsabilidade do Ministério da Cultura e do Município de Mafra, tem como objectivos o incentivo à criação de novo repertório para este imponente conjunto instrumental, premiando compositores que possam fazer uso das suas características próprias no repertório contemporâneo. Dividido em duas categorias, desdobra-se numa componente relativa à composição de uma obra original e outra referente à transcrição para os seis órgãos. O valor dos prémios é de 10.000 e 5.000 euros, respectivamente.

O júri desta segunda edição é constituído por quatro personalidades de mérito internacional: Joris Verdin (Bélgica), presidente, Maurizio Croci (Itália), António Pinho Vargas (Portugal) e João Vaz (Portugal).

Mafra Prémio 2017

Da autoria de dois dos mais importantes organeiros portugueses da segunda metade do séc. XVIII – António Xavier Machado e Cerveira e Joaquim António Peres Fontanes –, os seis órgãos da Basílica do Palácio Nacional de Mafra constituem um conjunto único no mundo, não apenas pelo número, já de si notável, mas pelo facto de terem sido construídos ao mesmo tempo e concebidos originalmente enquanto um único conjunto instrumental.

O regulamento do prémio pode ser consultado directamente aqui.

Sobre o autor

Avatar photo

Luzia Rocha possui os graus de Licenciatura, Mestrado e Doutoramento em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa. É investigadora no Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM) da Universidade Nova de Lisboa. É membro do ‘Study Group on Musical Iconography’ e do ‘Study Group for Latin America and the Caribbean’ (ARLAC-IMS), ambos da International Musicological Society. É colaboradora na Rede Temática em Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel dos Santos Simões do Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e no Grupo de Iconografia Musical da Universidad Complutense de Madrid/AEDOM. Trabalhou como docente na Academia de Amadores de Música, Escola Técnica de Imagem e Comunicação (ETIC), Instituto Piaget (ISEIT de Almada, também como Coordenadora da Licenciatura em Música) e na Academia Nacional Superior de Orquestra e colabora actualmente como docente na Licenciatura em Jazz e Música Moderna da Universidade Lusíada. Tem participado como oradora, por convite, em conferências nacionais e internacionais e publicado artigos em periódicos com arbitragem científica. É autora do livro "Ópera e Caricatura: O Teatro de S. Carlos na obra de Rafael Bordalo Pinheiro".