As instituições culturais ucranianas não escapam à “operação militar especial” russa que, dia após dia, brutal e perversamente, boçal e arrogantemente, vem destruindo um país soberano.

À Glosas chega, hoje, o apelo do Conservatório de Música de Lviv (Lviv National Music Academy), entidade com uma longa e riquíssima história, que remonta à criação da Sociedade de Santa Cecília por Franz Xaver Mozart, filho de Wolfgang Amadeus.

Igor Pylatyuk, o seu director, solicita ajuda para a compra de digitalizadores contactelss (como os Fujitsu ScanSnap SV600), de modo a poder preservar o acervo documental da sua biblioteca histórica, que inclui partituras, literatura científica e o arquivo geral do Conservatório. As digitalizações serão depois guardadas on-line, possibilitando a consulta destes tesouros a toda a comunidade melómana internacional.

Em comunicado de imprensa, e em nome da comunidade académica, Pylatyuk agradece a ajuda de todos os que puderem contribuir, terminando a missiva com uma nota de esperança que gostaríamos de subscrever: “Nós acreditamos, nós estamos convencidos de que a Ucrânia vencerá esta guerra terrível, e de que chegará o tempo em que as armas serão silenciadas, as crianças e as pessoas inocentes não morrerão, e a música será tocada. Música de vida e de felicidade”.

Os interessados em apoiar a causa poderão entrar em contacto com o Conservatório de Música de Lviv através do endereço lnma@lnma.edu.ua, ou do número de telefone (+38 032) 259 0752.

Sobre o autor

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Curso Complementar de Piano no Conservatório Nacional. Licenciatura em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou sob orientação de Sérgio Azevedo e de António Pinho Vargas. Durante um ano, em programa Erasmus, frequentou o Conservatório Nacional Superior de Paris (CNSMDP). Mestre e doutorando em Ciências Musicais pela Universidade NOVA. Membro fundador e Presidente da Direcção do MPMP. Director da revista GLOSAS (números 1-15 e 20-). Distinguido com o 2.º Prémio do Concurso Otto Mayer-Serra (2017) da Universidade da Califórnia, Riverside, e o Prémio Joaquim de Vasconcelos (2019) da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música.