Tem início no próximo dia 12 de Maio a 51.ª edição do Festival de Música de Sintra, que se realiza anualmente em diversos espaços da vila histórica.

O programa do festival propõe um passeio musical que levará os ouvintes pela música para piano de compositores como Debussy, Mozart, Liszt, Ravel, Chopin, Saint-Säens ou Albéniz, assim como por peças de compositores certamente menos conhecidos do público português como U. C. Erkin (1906-1972), S. Liapunov (1859-1924) e Kamran Inca (1960-). Peças destes três autores poderão ser escutadas na interpretação da pianista Rüya Tânger, com o acompanhamento do percussionista Dinçar Özer, dia 15 de Maio. Por sua vez, na noite de 26 de Maio, o pianista Marouan Benabdallah revelará obras de Dia Succari (1938-2010), Zad Moultaka (1967-) e Nabil Benabdeljalil, entre outros, num recital dedicado a sonoridades da música do Norte de África e Médio Oriente.

O concerto de abertura do festival será conduzido pelo pianista e compositor Michael Nyman, sobretudo conhecido pela composição para cinema — recorde-se, por exemplo, a poética banda sonora de The Piano, de Jane Campion. Será essa a música a ocupar o programa dos dois recitais que apresentará a solo. Seguem-se os concertos a dois pianos de Pedro Burmester e Mário Laginha, de Olga Prats, que tocará fados de Alexandre Rey Colaço e João Abreu e Motta e tangos de Astor Piazolla, de Janine Fialdowska, que interpretará Chopin, e de Theodore Paraskivesco, cujo recital traçará uma linha ondulante por compositores da música para piano de Bach a Bartók.

O festival encerrará dia 29 de Maio com um concerto variado. António Rosado tocará na primeira parte Cinco prelúdios de Debussy e Almeria e El Albaicin, da Suite Iberia de Albéniz. Na segunda parte, a Orquestra do Conservatório de Música de Sintra e o Coro Leal da Câmara executarão a abertura de O amor industrioso de João de Sousa Carvalho e a Missa Brevis em ré maior de Mozart.

Para consulta completa do programa do festival e outras informações, consulte http://festivaldesintra.pt/.

Sobre o autor

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Mariana Calado encontra-se a realizar o Doutoramento em Ciências Musicais Históricas focando o projecto de investigação no estudo de aspectos dos discursos e das sociabilidades que caracterizam a crítica musical da imprensa periódica de Lisboa entre os finais da I República e o estabelecimento do Estado Novo (1919-1945). Terminou o Mestrado em Musicologia na FCSH/NOVA em 2011 com a apresentação da dissertação "Francine Benoît e a cultura musical em Portugal: estudo das críticas e crónicas publicadas entre 1920's e 1950". É membro do SociMus – Grupo de Estudos Avançados em Sociologia da Música, NEGEM – Núcleo de Estudos em Género e Música e do NEMI – Núcleo de Estudos em Música na Imprensa, do CESEM. É bolseira de Doutoramento da FCT.