A Orquestra Sinfónica Portuguesa retoma, em meados do presente mês, a temporada de música de câmara do Teatro Nacional de São Carlos, apresentando-se com dois concertos centrados em extraordinárias obras orquestrais e concertantes de Mozart e aproveitando para trazer a Portugal um dos mais prestigiados oboístas da actualidade, Stefan Schilli, também na qualidade de maestro convidado. Ambos os concertos, a 16 e 18 de Março (quinta-feira e sábado, respectivamente), às 18h00, terão lugar no Salão Nobre do Teatro de São Carlos.

No primeiro concerto, Stefan Schilli será solista no brilhante concerto em Dó maior, Kv. 314, escrito para o grande oboísta da Capela de Salzburgo Giuseppe Ferlendis, que viria a radicar-se em Lisboa em 1802 e aqui morreria, em 1810. Será também uma oportunidade rara para ouvirmos a Serenade n.º 10, em Si bemol maior, Kv. 361/370a, a grande serenata para doze sopros e contrabaixo tradicionalmente conhecida como Gran Partita. Entre estas duas obras, será interpretada a Sinfonia n.º 25 em Sol menor, Kv.183, de 1773.

A par com o trabalho com a Orquestra Sinfónica Portuguesa no âmbito deste concerto, Stefan Schilli, que exerce também actividade pedagógica enquanto professor do Mozarteum de Salzburgo, ministrará ainda um seminário para oboístas, que decorrerá entre os dias 11 e 13 de Março.

O segundo destes concertos reúne o violinista Alexander Stewart e o violetista Pedro Saglimbeni Muñoz, sob a direcção de Nuno Coelho da Silva, vencedor do Prémio Jovens Músicos de 2016 na categoria de Direcção de Orquestra. Neste concerto, serão apresentados o Nocturno para orquestra de cordas em Si maior, Op. 40, de Dvořák, a celebrada Sinfonia Concertante em Mi bemol maior, KV. 364, de Mozart e a suíte Pulcinella de Stravinsky. Este concerto constituirá a estreia do maestro Nuno Coelho da Silva à frente da Orquestra Sinfónica Portuguesa.


Para mais informações (reservas, preços e acessos), consulte directamente esta ligação.

Pode seguir as actividades do Teatro Nacional de São Carlos aqui.

Sobre o autor

José Carlos Araújo

Estudou cravo, órgão e música antiga em Lisboa, exercendo intensa actividade, quer a solo, quer com agrupamentos de música antiga e orquestras. Licenciou-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde estudou Filologia Clássica e em cujo Centro de Estudos Clássicos é investigador. Prepara actualmente a primeira tradução portuguesa das Cartas de Plínio. Integra a Direcção da revista 'Glosas'.

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