De 26 a 28 de Junho de 2015, no Palácio Nacional de Queluz, decorrerá o colóquio internacional ‘A Serenata e a Festa Teatral nas Cortes Europeias do Séc. XVIII’, organizado pelo Divino Sospiro e pelo Centro de Estudos Musicais Setecentistas de Portugal, com sede no Palácio Nacional de Queluz. Os três dias de colóquio estarão organizados num total de nove sessões temáticas: “Viena, Turim e Parma”, “Veneza”, Florença e Sicília”, “Lisboa” (título de duas das sessões), “Nápoles”, “Nápoles e Madrid”, “Viena e Roma” e “Roma”.

Pelas 17 horas do primeiro dia, 26 de Junho, será apresentado o 12.º número da revista Glosas, desta vez dedicada a ‘Domenico Scarlatti e o Barroco Joanino’. De seguida, na Sala do Trono do Palácio Nacional de Queluz, pelas 18 horas, contaremos com a estreia mundial moderna da serenata L’Isola Disabitata – Serenata per musica, de David Perez (Nápoles, 1711 – Lisboa, 1778), compositor italiano de origem espanhola que esteve ao serviço da corte portuguesa, influenciando fortemente a vida musical lisboeta do século XVIII. Esta serenata foi composta em 1767 especificamente para o Palácio Nacional de Queluz, sendo representante de um género nacional por excelência. O libreto, escrito em 1752, narra as viagens marítimas para as Índias Ocidentais e é da autoria de Pietro Metastasio.

 

 

A apresentação será realizada pela orquestra Divino Sospiro, com direcção musical de Massimo Mazzeo, contando com a participação dos cantores Joana Seara, Francesca Aspromonte, Francesco Divito (sopranos) e Bruno Almeida (tenor).

Esta pretende ser a primeira das estreias modernas das serenatas compostas para o Palácio de Queluz, sendo objectivo do projecto a investigação, execução e edição crítica, no futuro, de outras obras deste género.

Sobre o autor

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Isabel Pina é doutoranda e bolseira de doutoramento em Ciências Musicais Históricas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, interessando-se principalmente pelo estudo da história da música em Portugal nos séculos XIX e XX, música e ideologia, nacionalismo, análise e semiótica musical, e imprensa e crítica musical. Concluiu o mestrado em Ciências Musicais tendo apresentado a dissertação “Neoclassicismo, nacionalismo e latinidade em Luís de Freitas Branco, entre as décadas de 1910 e 1930”. É actualmente voluntária na Biblioteca Nacional de Portugal, tendo estagiado no Museu da Música. Enquanto colaboradora do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), é membro do Grupo de Teoria Crítica e Comunicação, do SociMus (Grupo de Estudos Avançados em Sociologia da Música), e co-fundadora do Núcleo de Estudos em Música da Imprensa.