Renovam-se os quadros directivos da histórica instituição, fundada em 1945, congregadora de algumas das mais importantes personalidades do panorama musical brasileiro. A cerimónia de tomada de posse está marcada para o dia 5 de Março de 2018, no Espaço Guiomar Novaes, Rio de Janeiro, e será complementada com um concerto comemorativo na Sala Cecília Meireles, com música de W. A. Mozart, Heitor Villa-Lobos, Ronaldo Miranda e João Guilherme Ripper, a executar pela Orquestra Sinfónica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob a regência de Felipe Prazeres.
A integração da música de João Guilherme Ripper no programa é propositada: o celebrado compositor carioca, até agora Vice-Presidente, será agora o novo Presidente da Academia Brasileira de Música, secundando-lhe André Cardoso, até agora Presidente, como novo Vice-Presidente. Integram ainda a equipa Manoel Corrêa do Lago (antes 2.º Secretário, novo 1.º Secretário), Ernâni Aguiar (antes 1.º Secretário, novo 2.º Secretário), Ricardo Tacuchian (antes 2.º Tesoureiro, novo 1.º Tesoureiro) e Turíbio Santos (antes 1.º Tesoureiro, novo 2.º Tesoureiro).
Com efeito, mantêm-se todos os nomes que vinham dirigindo a Academia até agora, alterando-se apenas a atribuição dos cargos, no que pode ler-se um sinal em prol da continuidade das prestigiantes iniciativas a que a Academia Brasileira de Música nos tem habituado e que, cremos, passarão, cada vez mais, por responder aos desafios que a nossa contemporaneidade nos coloca enquanto músicos e enquanto melómanos: entre tantos outros, sublinhe-se a necessidade de difusão contra-hegemónica, a nível local e a nível global, de património imaterial de elevado valor artístico; a redefinição sustentável de iniciativas editoriais em face do mundo das novas tecnologias; o fomento do contacto intergeracional e da multidisciplinaridade, da criação contemporânea, da investigação em música…
Possam estes desafios, partilhados por comunidades musicais um pouco por todo o mundo, aproximar os países da lusofonia e reanimar sempre e cada vez mais a prossecução de projectos transatlânticos.