Hoje será possível ouvir, pelas 19h, as quatro mãos de Bruno Belthoise e João Costa Ferreira ao vivo no Auditório Caixa Geral Depósitos – Instituto Superior de Economia e Gestão ou em qualquer parte do mundo através da transmissão da RDP-Antena 2. A entrada é livre e a cobertura radiofónica estará à responsabilidade de André Cunha Leal.

Os dois pianistas apresentarão um programa intitulado “Mestres franceses e descobertas portuguesas” que contará com obras de Fauré, Schmitt, Vianna da Motta, António Victorino d’Almeida e uma estreia de Edward Ayres d’Abreu.

Uma excelente oportunidade para revisitar obras tão diversas quanto contrastantes, desde a habitual mas sempre surpreendente Dolly, pela refinada sensibilidade tímbrica e harmónica, à graciosa e humorada Balada de Victorino d’Almeida, passando ainda por uma estreia com aroma a maresia

PROGRAMA:

José Vianna da Motta (1868 – 1948) – Souvenirs Op. 7

Gabriel Fauré (1845 – 1924) – Dolly Op. 56

Edward Ayres d’Abreu (1989) – Bocejo em forma de sonho com azuis, luzes e maresia [estreia]
António Victorino d’Almeida (1940) – Balada Op. 126

Florent Schmitt (1870 – 1958) – La semaine du petit elfe Ferme-l’oeil 

BRUNO BELTHOISE é pianista, escritor e improvisador. Foi distinguido pela Fundação Laurent-Vibert e recebeu o Prémio da Fondation de France em 1988. Obteve o “Diplôme Supérieur d’Exécution“ em Piano na École Normale de Musique de Paris em 1989 e foi “Révélation Classique ADAMI” em 1997. Aperfeiçoou a sua formação em França junto de mestres como Françoise Buffet-Arsenijevic, Bruno Rigutto, François-René Duchâble e Madeleine Giraudeau-Basset. Solista e membro do Trio Pangea, estreou várias obras de compositores como Emmanuel Hieaux, Alexandre Delgado, Bernard de Vienne, Fernando Lapa ou Sérgio Azevedo. Convidado regularmente por festivais em França e no estrangeiro, Bruno Belthoise interpreta repertório que vai de J. S. Bach até aos compositores contemporâneos. A sua discografia inclui uma vintena de CDs que acompanham a sua carreira de intérprete criativo. Desde 1986, tem sido também convidado a participar em numerosos recitais e formações de música de câmara. Na radiodifusão, participou em programações da France-Musique (Paris), da Saarländischer Rundfunk (Sarebrücken) e da Antena 2 (Lisboa). Este artista de talentos múltiplos, que gosta da representação nas suas diversas formas, é também fascinado pela arte de contar histórias associadas com o seu piano. Produziu para o público jovem diversos concertos narrados e gravou vários álbuns para a livraria áudio Frémeaux & Associates. Conta com mais de duzentos concertos comentados realizados desde 1995. Descobridor de partituras, tem dado a conhecer a música de compositores portugueses através de recitais e conferências em todo o mundo. Na sua carreira tem sido apoiado por instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian, o Instituto Camões, o Ministério da Cultura e a Antena 2.
JOÃO COSTA FERREIRA é detentor do prestigiado “Diplôme Supérieur d’Exécution” em Piano da Ecole Normale de Musique de Paris, licenciado e mestre em Música e Musicologia pela Université Paris-Sorbonne. Iniciou os seus estudos musicais aos onze anos no Conservatório de Artes do Orfeão de Leiria com o Professor de piano Luís Batalha. Trabalhou também com as orquestras dessas instituições sob a batuta do Maestro Alberto Roque. Prosseguiu os estudos de piano na Ecole Normale de Musique de Paris, onde trabalhou com Marian Rybicki e Guigla Katsarava, e os estudos de musicologia na Université Paris-Sorbonne. João Costa Ferreira é detentor de vários prémios, destacando-se o 2.º prémio (1.º prémio não atribuído) no XV Concurso Internacional de Piano Maria Campina e o 1.º prémio “Musicologia” no 8.º Concurso “Jeunes solistes de la Sorbonne”. Em 2015, João Costa Ferreira foi galardoado pela Cap Magellan com o prémio “Melhor revelação artística” numa gala para a celebração da República Portuguesa realizada nos salões do Hôtel de Ville de Paris. Actua em salas de espectáculos de Portugal, Espanha, França e Holanda, tendo já gravado para a Rádio e Televisão de Portugal Antena 2. Foi ainda solista da Orquestra Filarmonia das Beiras sob a direcção do Maestro Ernst Schelle. Em 2009, iniciou a sua actividade de pedagogo, sendo convidado como assistente do pianista francês Jean Martin para actuar e leccionar no âmbito de masterclasses realizadas em França. Além disso, João Costa Ferreira é frequentemente convidado a orientar masterclasses nos conservatórios de música de Portugal tendo também participado na primeira edição do evento “As Lições dos Jovens Mestres”. Durante o ano lectivo 2014-2015 leccionou, enquanto tutor, na Université Paris-Sorbonne. Actualmente é docente no Conservatório Georges Bizet de Paris. João Costa Ferreira reviu e prefaciou as Cinco Rapsódias Portuguesas para piano de José Vianna da Motta para uma publicação inédita na editora AvA Musical Editions.

Sobre o autor

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Natural de Lausanne, é pianista e professor de piano com estudos no Conservatório Nacional e na Escola Superior de Música de Lisboa. Em 2014 obteve o grau de Mestre na mesma instituição sob orientação do professor Miguel Henriques. Actua regularmente em algumas das mais importantes salas do país e em colaboração com diversas orquestras e agrupamentos. Da sua discografia, dedicada exclusivamente à música de autores portugueses, destaca-se a gravação da integral das sonatas para piano de João Domingos Bomtempo. Lecciona na Escola Artística de Música do Conservatório Nacional e na Escola Profissional Metropolitana.