Termina a 13 de setembro a exposição “Uma coleção com a casa às costas”, na Biblioteca Nacional de Portugal. O tema é a história e os “futuros possíveis” do Museu Nacional da Música, neste momento encerrado ao público e em vias de se mudar para Mafra. É possível voltar a ver e conhecer algumas peças do seu acervo, algumas de regresso a uma das suas moradas anteriores, a Biblioteca Nacional.
A mostra relata a história da instituição a partir dos primeiros esforços do colecionador Michel’angelo Lambertini em prol da criação de um museu público de música, no começo da I República, até ao projeto de instalação do Museu no Palácio-Convento do Real Edifício de Mafra, que deverá decorrer proximamente.
A história do Museu abarca vários projetos, localizações e coleções diferentes, primeiro com uma proposta de uma exposição em duas salas Palácio das Necessidades (1911), em seguida um Museu Instrumental do Conservatório (1915), que funcionou paralelamente à iniciativa privada de um Museu Instrumental de Lisboa. Grande parte da coleção atual do Museu foi transferida precariamente para o Palácio Pimenta (1971-1976), depois para a Biblioteca Nacional (1976-1991) e finalmente para a estação de metro do Alto dos Moinhos (1993-2024). Deste percurso fizeram parte personagens ilustres como Alfredo Keil, Michel’angelo Lambertini, Francisco Bahia, António Carvalho Monteiro e Vianna da Motta.
Entre tantas discussões sobre a mudança do Museu para Mafra vale a pena conhecer melhor a história da instituição, os seus desafios e as várias soluções apresentadas ao longo dos anos. A exposição tem a curadoria de Helena Miranda e de Nuno do Carmo. É gratuita e conta com visitas guiadas a serem agendadas pelo endereço [email protected].