Nos dias 13 e 14 de setembro, Loulé acolhe a 2.ª edição do Festival Informal de Ópera (FIO), que em edições anteriores passou por Braga (2021) e por Braga e Barcelos (2023). Desta vez, o festival procura dialogar tanto com o património urbano da cidade como com a envolvência rural das paisagens naturais da Aldeia de Alte, considerada uma das mais típicas da região algarvia.

Criado por um coletivo informal de artistas, o FIO conta com o apoio da Direção-geral das Artes e da Câmara Municipal de Loulé, bem como da Escola Profissional de Alte, da Junta de Freguesia de Alte, do MPMP, da EMARA Escola de Música e da Antena 2.

A programação apresenta quatro novas óperas, criadas exclusivamente para o festival por equipas artísticas portuguesas:

  • Mane-Quim/Pig-Malião, música de Gerson Batista, texto de Tiago Schwäbl e encenação de João Fino;
  • M.O.G.A., música de Sara Ross, texto de Inês Barahona e encenação de Sara Ross e Teresa Gentil;
  • Coisas do Verão, música de João Caldas, texto de Pedro Rodrigues e encenação de Márcia Lança;
  • Abelardo e Heloísa, música de Fátima Fonte, texto e encenação de Patrícia Portela.

Além destas criações, o festival integra ainda “atividades satélite”, como uma ópera participativa desenvolvida com jovens locais, uma flashmob operática e passeios sonoros que recriam de forma criativa os percursos entre os diferentes espaços. O FIO conta com a direção musical de Jan Wierzba e Rita Castro Blanco; os solistas Ana Caseiro, Sara Afonso, António Lourenço Menezes e Ricardo Rebelo da Silva; os instrumentistas da Orquestra do Algarve; e o envolvimento do Coro da Aldeia, grupo comunitário algarvio. A coordenação da ópera participativa está a cargo de Francisco Brazão.

Fotografia: @FIO

Sobre o autor

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Diplomada pela Universidade de São Paulo, onde se licenciou em História, concluindo o mestrado e o doutoramento em Arqueologia e integrando o LARP, Laboratório de Arqueologia Romana Provincial, enquanto Supervisora de Programas e Pesquisas. Foi docente de História da Arte em diversas instituições universitárias e no MASP, Museu de Arte de São Paulo. Realizou o estágio doutoral no Collège de France, Paris, especializando-se depois em Gestão Cultural no SENAC, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, e concluindo o mestrado em Empreendedorismo e Estudos da Cultura — Património no ISCTE, Lisboa, tendo neste âmbito sido distinguida com um Prémio de Excelência Académica.