O Museu Nacional da Música reabre ao público a 22 de Novembro, com um fim de semana inaugural que marca o início de uma programação especial estendida até ao final do ano. A entrada será gratuita até ao final de novembro (mediante reserva na Bilheteira da Museus e Monumentos de Portugal e limitada à lotação dos espaços). O processo de transferência para as novas instalações — situadas em áreas palacianas e conventuais do Real Edifício de Mafra — começou a 1 de Outubro de 2023, Dia Internacional da Música. Reabilitados segundo as exigências da colecção e das práticas museológicas contemporâneas, os novos espaços serão oficialmente inaugurados a 22 de Novembro de 2025, Dia de Santa Cecília, padroeira dos músicos e cantores.
A nova exposição conduz os visitantes por um percurso temporal e geográfico através de cerca de quinhentos instrumentos, do século XII ao XXI, enriquecido por experiências multimédia e multissensoriais. A programação inclui ainda concertos, ações de mediação e recursos específicos para pessoas com mobilidade reduzida, público cego ou com baixa visão, público surdo e visitantes que preferem ambientes sensoriais reduzidos. O Museu encerra às terças-feiras, e as visitas guiadas requerem marcação prévia ([email protected]).
No dia da inauguração, as portas abrem às 14h30. Às 15h30, o Salão Imersivo recebe uma orquestra de foles, e às 16h decorre a estreia absoluta de uma obra multimédia criada pela compositora Fátima Fonte e pela realizadora Adriana Romero. À mesma hora, na Igreja de Santa Catarina de Siena, em Itália, será apresentada “De Nápoles a Lisboa: de Carlos Seixas a António Pinho Vargas”, com Béatrice Martin (cravo) e comentários de Giuseppina Raggi e Paolo Sullo, numa iniciativa da Fundação Gaudium Magnum no âmbito da programação do Museu Nacional da Música “Fora de Portas”.
A 23 de Novembro, o dia começa às 11h com a atividade infantil À procura de morcegos, unicórnios e outras fantasias, um peddy-paper pelo museu. O Carrilhão Lvsitanvs apresenta concertos às 11h e às 14h; às 17h estreia-se No Princípio, obra multimédia de Ricardo Jacinto e do ilustrador Bernardo Carvalho; e às 18h sobe ao palco a banda The Stick & Rope Band, com A invenção do futuro.
Entre novembro e dezembro, a agenda destaca-se pela celebração do património musical histórico e pela apresentação de instrumentos raros. Inclui Il Trionfo d’Amore, dedicado ao barroco português, com João Fernandes e Os Músicos do Tejo; a estreia pública da harpa Érard de 1802, restaurada e apresentada por Mara Galassi; o recital dos 300 anos do violoncelo Stradivarius “Chevillard — Rei de Portugal”, por Camille Thomas; e um concerto dedicado à flauta clássica em instrumentos históricos, com Joana Amorim, Manuel Luís Cochofel e Ana Raquel Pinheiro. Em dezembro, seguem-se um Concerto de Natal pela Orquestra XXI e A Noite de Natal, de Eurico Carrapatoso, inspirado no conto de Sophia de Mello Breyner Andresen. Já em janeiro de 2026, a pianista Karin Fernandes apresenta Listen Her Voice, recital que celebra a música de compositoras alemãs e reforça o compromisso do Museu com a valorização do papel das mulheres na criação musical.
Fotografia: Museus e Monumentos de Portugal.
