Celebra-se no Teatro Nacional D. Maria II, no próximo dia 26 de Fevereiro, Sábado, às 15h (com uma segunda sessão às 16h30), o centésimo aniversário da criação da Compahia Rey Colaço – Robles Monteiro, um projecto de enorme importância na história do teatro e da cultura portuguesa do século XX. Criado por Amélia Rey Colaço e Manuel Robles Monteiro, seu marido, a companhia esteve activa durante mais de meio século, incluindo no seu elenco os mais notáveis nomes da cena portuguesa.

Esta iniciativa é dirigida pelas actrizes Mónica Garnel e Inês Vaz, contando com a colaboração de jovens estudantes da Escola Superior de Teatro e Cinema. O espectáculo é intitulado Malheureusement Amélie est née – uma carta de amor, numa alusão irónica ao telegrama que Alexandre Rey Colaço, importante pianista e compositor, escreveu para comunicar o nascimento de Amélia, a sua quarta filha.

 

 

A Companhia Rey Colaço – Robles Monteiro estreou-se no Teatro Nacional de São Carlos em 1921, com a apresentação de Zilda, de Alfredo Cortez, tendo passado pelo Teatro Politeama, do Ginásio e da Trindade. Em 1929, o agrupamento ganhou, por concurso, a exploração do Teatro Nacional D. Maria II, onde passou a estar fixada até 1964. A sua actividade incluía digressões regulares por todo o país, em que eram apresentados os textos dos maiores autores nacionais e internacionais (alguns deles em estreia absoluta), sendo reconhecida quer pela sua qualidade e profissionalismo, quer pela sua visão abrangente do plano cultural em que se devia inserir o Teatro.

Os eventos serão de entrada gratuita, mas sujeita à lotação disponível, sendo necessária reserva de lugares até 48h antes da sessão. Todas as informações poderão ser encontradas aqui.

Sobre o autor

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Licenciado em piano pela Escola Superior de Música de Lisboa, na classe de Jorge Moyano, concluiu o Conservatório Nacional com a classificação máxima, tendo aí estudado com Hélder Entrudo e Carla Seixas. Premiado em diversos concursos, apresenta-se em concerto em variadas formações. Estreia regularmente obras de compositores contemporâneos. Gravou para a RTP/Antena 2, TV Brasil e MPMP: editou, em 2020, o CD “La fièvre du temps” em duo com Philippe Marques. É membro fundador do MPMP Património Musical Vivo, dirigindo temporadas e coordenando inúmeras gravações. Termina, actualmente, o mestrado em Empreendedorismo e Estudos da Cultura do ISCTE. Foi director executivo da GLOSAS entre 2017 e 2020.