O júri convidado, Nuno da Rocha, Daniel Moreira e Sara Ross, após deliberação, decidiu dar o primeiro prémio à obra Foi isto que quisemos? de José Brandão e menção honrosa à Canção dos despedidos de Miguel Jesus. José Brandão é um compositor e intérprete português (2000), está atualmente a estudar composição no KASK & Conservatorium de Gent, sob a orientação de Jesse Broekman e Joris Blanckaert. Concluiu a sua licenciatura na ESMAE (Porto) com Rui Penha, Dimitris Andrikopoulos e Carlos Azevedo. Tem particular interesse na música enquanto ato ritualístico. Obteve também o primeiro prémio no Sayat Nova International Composition Competition de 2020, com a sua peça “Weep, Weep My Muse”, e no concurso de composição FOLEFEST – 2020, com a peça “Uma Última Reflexão”. Conquistou o segundo prémio no concurso de composição SPA/Antena 2, com a peça “Ritual”, e foi finalista no concurso de composição da Banda Sinfónica Portuguesa (BSP) – 2020, com a peça “Eclipse da Auto-Degradação”. O seu trabalho foi apresentado em locais como o Carnegie Hall, Greenwich House Music School, Casa da Música, Concertgebouw Bruges, Miry Concertzaal, entre muitos outros.

A presente edição celebra José Mário Branco. As obras a concurso deveriam ser compostas para voz solista, acompanhada por qualquer permutação de instrumentos à escolha do compositor dentro do seguinte conjunto: flauta (dobra flautim), oboé, clarinete, fagote, percussão (até dois executantes), guitarra, harpa, violino, viola, violoncelo.

O autor distinguido com o Prémio terá direito a prémio pecuniário no valor de 1500 € (mil e quinhentos euros); associação ao MPMP enquanto Compositor Residente na temporada 2025, materializada numa encomenda, no valor de 1500 € (mil e quinhentos euros), de uma ou mais nova(s) obra(s); e gravação e integração da obra premiada em álbum digital.

O Prémio MUSA, uma iniciativa do MPMP Património Musical Vivo, com apoio do Ministério da Cultura / Direcção-geral das Artes, foi criado com o intuito de distinguir a excelência musical na composição contemporânea de tradição erudita ocidental e de, nesse contexto, promover a língua portuguesa como veículo expressivo.

Fotografia: José Brandão

Sobre o autor

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Diplomada pela Universidade de São Paulo, onde se licenciou em História, concluindo o mestrado e o doutoramento em Arqueologia e integrando o LARP, Laboratório de Arqueologia Romana Provincial, enquanto Supervisora de Programas e Pesquisas. Foi docente de História da Arte em diversas instituições universitárias e no MASP, Museu de Arte de São Paulo. Realizou o estágio doutoral no Collège de France, Paris, especializando-se depois em Gestão Cultural no SENAC, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, e concluindo o mestrado em Empreendedorismo e Estudos da Cultura — Património no ISCTE, Lisboa, tendo neste âmbito sido distinguida com um Prémio de Excelência Académica.