Encontra-se aberto até ao próximo dia 31 de Março um programa de financiamento colectivo para a edição de um CD da soprano Ana Barros, do pianista Bruno Belthoise e do guitarra portuguesa convidado Miguel Amaral. Severa — o fado de um fado propõe-se revisitar alguns dos fados mais tradicionais à luz  da renovada contemporaneidade de tradição erudita ocidental, aqui representada pelos compositores Carlos Marecos, Carlos Azevedo e Sérgio Azevedo.

O projecto mereceu a colaboração da Antena 2, do Instituto Camões, do Prof. Dr. Rui Vieira Nery (consultor científico), de João Braga (consultor artístico) e do Museu do Fado, que desde cedo reconheceu o seu valor atribuindo-lhe o carimbo ‘Fado — Património da Humanidade’.

Para além da gravação de um disco, o projecto inclui ainda a realização de concertos.

Para visitar a página de financiamento colectivo, clique aqui.

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Ana Barros estudou Canto na Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo do Porto, frequentando as classes de Rui Taveira e Fernanda Correia. Foi membro do elenco do Estúdio de Ópera da Casa da Música, onde trabalhou com P. Harrison, L. Marshall e J. Cohen. Contactou ainda com Jill Feldman, Philip Langridge, Gundula Janovic, Laura Sarti e Elisabete Matos. Teve a oportunidade de cantar sob a direcção de José Luís Borges Coelho, Rui Massena, Antonio Saiote, Manuel Ivo Cruz, Martin André, Christoph König, Giovanni Andreoli e Marc Tardue. Apresentou-e no Teatro Rivoli, Casa da Música, Coliseu do Porto,  Fundação Calouste Gulbenkian, São Carlos, São Luiz, Teatro da Trindade e Culturgest. Estreou obras de Vasques-Dias, Côrte-Real, Eugénio Amorim, Fernando Lapa, Carlos Azevedo, Faria Gomes, Chagas Rosa, Sara Carvalho e Alexandre Delgado, entre outros.

Pianista, escritor e improvisador, Bruno Belthoise é vencedor da Fundação Laurent-Vibert e recebe o Prix de la Fondation de France em 1988. Obteve o Diploma de Execução na École Normale de Musique de Paris em 1989 e foi “Revelação Clássica” ADAMI em 1997. Solista e membro do Trio Pangea, estreou várias obras de compositores como Emmanuel Hieaux, Alexandre Delgado, Bernard de Vienne, Fernando Lapa, Sébastien Béranger ou Sérgio Azevedo. Bruno Belthoise executa um repertório que vai de J. S. Bach até aos compositores contemporâneos. Gravou uma vintena de CDs que acompanham a sua trajectória de intérprete criativo. A sua curiosidade natural levou-o a pôr o seu talento ao serviço dos compositores portugueses do século XX. Na sua carreira tem sido apoiado por instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian, o Instituto Camões, o Ministério da Cultura e a Antena 2.

Miguel Amaral nasceu no Porto em 1982. Iniciou os estudos de Piano com a professora Madalena Leite de Castro com 6 anos. Estudou Guitarra Portuguesa com Samuel Cabral e José Fontes Rocha. Inicia os estudos de guitarra portuguesa com Pedro Caldeira Cabral. Estuda Análise, Harmonia e Contraponto com Daniel Moreira e Composição com Dimitris Andrikopoulos. Das suas mais recentes apresentações como solista, destaca-se o recital na Casa da Música em 2009, e em Outubro de 2011 o recital na Gulbenkian, inserido no festival Prémio Jovens Músicos, com transmissão em directo na Antena 2, onde, para além das suas composições, estreou obras de Mário Laginha, Andrikopoulos, Daniel Moreira e Igor C. Silva. Em 2013 lança Chuva Oblíqua, o seu álbum de estreia. Integra o Novo Trio de Mário Laginha, gravando o disco Terra Seca, no qual assina a peça Fuga para um dia de Sol. Desde 2010 faz parte da orquestra do espectáculo “Sombras” de Ricardo Pais.

 

Sobre o autor

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Curso Complementar de Piano no Conservatório Nacional. Licenciatura em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou sob orientação de Sérgio Azevedo e de António Pinho Vargas. Durante um ano, em programa Erasmus, frequentou o Conservatório Nacional Superior de Paris (CNSMDP). Mestre e doutorando em Ciências Musicais pela Universidade NOVA. Membro fundador e Presidente da Direcção do MPMP. Director da revista GLOSAS (números 1-15 e 20-). Distinguido com o 2.º Prémio do Concurso Otto Mayer-Serra (2017) da Universidade da Califórnia, Riverside, e o Prémio Joaquim de Vasconcelos (2019) da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música.