A primeira semana de Setembro começa com Ópera fora dos centros de Lisboa e do Porto, mas ainda assim não muito longe.
Há o Festival de Ópera de Óbidos, entre os dias 6 e 15 de setembro, organizado pela ABA – Banda de Alcobaça Associação de Artes, em parceria com a Câmara Municipal de Óbidos e com o apoio da República Portuguesa – Cultura / Direção Geral das Artes.
Entre as seis óperas que serão programadas, destacamos a do compositor e libretista português César Viana, o Último Canto — Camões e o Destino, que será apresentada no dia 7 às 21h, no Convento São Miguel de Gaeiras. A encenação é de Miguel Moreira, a direção musical é de Brian MacKay, com a Musicamerata Ensemble e o Coro Záve. O elenco conta com o barítono Luís Rodrigues, o tenor Mário Alves, a soprano Daniela Matos e o ator F. Pedro Oliveira.
Composto a partir do texto inédito em português Camões, do dramaturgo russo do século XVIII, Vassili Jukovski, que descreve o encontro de um velho amigo de Camões, José de Quevedo Castelo Branco e do seu filho, Vasco Quevedo — por muitos considerado o herdeiro literário de Camões —, com o maior poeta português no final da sua vida.
Em Aveiro, volta a Madrugada: as razões de um movimento com produção do MPMP, no dia 6, às 21h30, no Teatro Aveirense. Foram chamados alguns dos mais distintos compositores da mais nova geração de criação operática e vocal: Solange Azevedo, Francisco Fontes, Carlos Lopes, Sara Ross. O libreto é de Marta Pais Oliveira e a encenação de Daniela Cruz. A direção artística e musical é de Jan Wierzba e a Orquestra Filarmonia das Beiras. E conta com Ana Sofia Ventura, Sofia Marafona, Paulo Lapa e Tiago Matos como solistas e o ator Guilherme de Sousa.
O tema é o 25 de Abril, num paralelo entre 1942, 1974, 2024 e 2077. Na celebração dos 50 anos sobre o 25 de abril, Madrugada: as razões de um movimento convoca episódios históricos e projeta-se no futuro para pensar a democracia e como se fazem revoluções.
Fotografia: Madrugada