BELCANTO é o nome do primeiro álbum da soprano Rita Marques, acompanhada ao piano pelo maestro e pianista Cameron Burns. Rita Marques começou os seus estudos na música desde muito cedo, aliás, como ela própria o diz, desde sempre que se lembra de cantar. Fez todo o seu percurso académico em canto, tendo nos últimos anos passado por algumas das salas mais importantes do meio artístico. 

Do seu percurso artístico faz parte uma estadia no Centre de Perfeccionament Plácido Domingo, no Palau de Les Arts, em Valência, Espanha, onde teve a oportunidade de trabalhar com cantores, maestros, encenadores e até com o próprio Plácido Domingo. Conta com várias participações em concertos e ópera no Palau de La Musica de Valência, Palau de Les Arts (e Teatre Martin i Soler) e no Royal Opera House of Muscat (Oman). Em Portugal, no Teatro Nacional de São Carlos, na Fundação Calouste Gulbenkian, Centro Cultural de Belém e ainda no Coliseu de Lisboa e do Porto.  Recebeu o 1.º Prémio no Concurso José Augusto Alegria, em Évora, e foi laureada no 1.º Concorso Internazionale per Voci Liriche Vincenzo Bellini, no Teatro Massimo di Catania, Itália.

Para Rita Marques, é fundamental que exista uma constante evolução e aprendizagem enquanto cantora. Assim, tendo em conta toda a sua experiência profissional, decidiu que tinha chegado o momento certo para fazer o seu primeiro registo fonográfico. A ópera seria, sem dúvida, a sua primeira escolha, mas tendo em conta que os meios necessários para gravar ópera seriam muito mais extensos, Rita decidiu optar pela música de câmara. Por isso, convidou Cameron Burns para a acompanhar ao piano. Na verdade, o seu reportório de eleição, a sua paixão, é o bel canto.

Para este álbum, a soprano Rita Marques tinha uma ideia muito clara sobre quais obras ou compositores queria incluir. No entanto, ela também tinha a ambição de incluir obras do mesmo período de compositores portugueses uma vez que, sendo uma cantora portuguesa, fazia todo o sentido ter no seu álbum música de compositores portugueses no seu álbum. Foi então, após uma intensa pesquisa e de ter falado com o Maestro João Paulo Santos, que tomou conhecimento da existência de um vasto leque de repertório exatamente do período que pretendia, o que tornava o projeto ainda mais interessante. Dentro desse leque, escolheu três compositores portugueses cujas canções pertenciam ao mesmo período do romantismo italiano que pretendia para o álbum.

Assim sendo, este álbum não é apenas constituído por canções do período do romantismo italiano, mas também conta com obras de compositores portugueses desse mesmo período. Contamos com obras de Bellini, Donizetti, Rossini e Verdi. mas também por Francisco Santos Pinto, Julio Neuparth e Emilio Lami. A título de destaque, encontramos neste álbum por Francisco Santos Pinto Hora Solene é esta…mas o afeto em balde anela, por Julio Neuparth Flôr e Borboleta, e por Emilio Lami Saudade!…

Todas estas canções transmitem o amor, a alegria, os desamores e a saudade, seja de alguém ou do país ao qual pertencemos. É uma escuta muito leve e bonita, e estilisticamente, ao nível da linguagem musical, é sem dúvida possível encontrar semelhanças entre as peças que compõem o álbum.

A Casa do Artista foi o palco escolhido para o lançamento do primeiro CD da soprano Rita Marques, sendo que muito em breve serão conhecidas novas datas de apresentação. Até lá, é possível adquirir este incrível registo fonográfico na Paleta dos Sons: https://paleta-sons.com/shop/belcanto-cd/

Sobre o autor

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Lívia Duque, natural de Leiria, ingressou no Conservatório de Artes — Orfeão de Leiria, estudando saxofone. Prosseguiu os seus estudos musicais em Musicologia Histórica na Universidade de Évora, sendo pós-graduada pela Universidade NOVA. Actualmente exerce vários trabalhos na área de produção, gravação e assistência musical em várias entidades como o Duktus Sound Studio. É assistente de produção do MPMP.