Entre 8 e 30 de Julho, pelo oitavo ano consecutivo, cumpre-se o Festival ao Largo. Como nos anos anteriores, espera-se que o Largo Serpa Pinto, defronte ao Teatro de São Carlos, se encha de muita música e público.

Um dos grandes destaques desta edição é a celebração dos 400 anos da morte de William Shakespeare. A efeméride será assinalada por alunos da Escola Superior de Teatro e Cinema que apresentarão Sonho de uma noite de Verão, em co-produção com o Teatro Municipal São Luiz e o Teatro Nacional D. Maria II, assim como pela interpretação de obras de Tchaikovski, Gounod e Prokofiev inspiradas na peça Romeu e Julieta, nas noites de 16 e 17 de Julho, e ainda pela execução da abertura de As alegres comadres de Windsor, de Otto Nicolai (no concerto de 19 de Julho).

Outro concerto a despertar interesse terá lugar na noite de 15 de Julho e assinala a passagem de 100 anos sobre a formalização do pedido do governo do Reino Unido a Portugal para combater na 1.ª Guerra Mundial ao lado dos Aliados. No concerto serão interpretados Dona Nobis Pacem de Ralph Vaughan Williams, cantata pela paz, para coro e orquestra, e a Sinfonia n.º 7 de Beethoven. A interpretação estará a cargo da Orquestra Sinfónica Portuguesa e Coro do Teatro Nacional de São Carlos, com Sara Simões e André Baleiro como solistas e a direcção musical de Joana Carneiro.

A 22 e 23 de Julho a ópera Cavalleria Rusticana sobe ao palco em versão de concerto, uma vez mais com a orquestra e o coro residentes no Teatro de São Carlos, desta vez dirigidos por Domenico Longo, e as vozes de Mary Elizabeth Williams (Santuzza), Lorenzo Decaro (Turiddu), Luís Rodrigues (Alfio), Maria Luísa de Freitas (Lola) e Laryssa Savchenko (Mamma Lucia).

O festival termina uma vez mais com espectáculos de bailado pela Companhia Nacional de Bailado. Serenade, de George Balanchine, Herman Schmerman, de William Forsythe, e 5 Tangos, de Hans van Manen, são as coreografias programadas.

O Festival ao Largo tem a direcção artística de Luísa Taveira (Companhia Nacional de Bailado) e Patrick Dickie (Teatro Nacional de São Carlos). Para mais informações e programação completa, consulte http://www.festivalaolargo.pt/.

Sobre o autor

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Mariana Calado encontra-se a realizar o Doutoramento em Ciências Musicais Históricas focando o projecto de investigação no estudo de aspectos dos discursos e das sociabilidades que caracterizam a crítica musical da imprensa periódica de Lisboa entre os finais da I República e o estabelecimento do Estado Novo (1919-1945). Terminou o Mestrado em Musicologia na FCSH/NOVA em 2011 com a apresentação da dissertação "Francine Benoît e a cultura musical em Portugal: estudo das críticas e crónicas publicadas entre 1920's e 1950". É membro do SociMus – Grupo de Estudos Avançados em Sociologia da Música, NEGEM – Núcleo de Estudos em Género e Música e do NEMI – Núcleo de Estudos em Música na Imprensa, do CESEM. É bolseira de Doutoramento da FCT.